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As dificuldades financeiras e crescimento pessoal

por Bernadette Vilhena
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As dificuldades financeiras e crescimento pessoalA vida é cíclica. Vivemos momentos de grandes descobertas, de alegrias e desafios. Esses ciclos trazem consigo a oportunidade de amadurecimento e de mudança de padrões. As questões ligadas ao dinheiro também estão presentes nesses ciclos, onde nossa grande chance de superação[bb] e crescimento acontece principalmente nos períodos difíceis.

Quando as dificuldades financeiras aparecem, temos em nossas mãos algumas alternativas: desesperar-se, buscar conhecimentos financeiros, concentrar esforços para virar o jogo, desistir, fortalecer as relações e juntos encontrar a solução. O que fazemos então? Não é mais fácil pegar o atalho da revolta e do desânimo? Não é mais cômodo delegar a responsabilidade da situação, culpando os outros?

Às vezes, a sensação de incompetência toma conta dos pensamentos e acaba nos cegando. Quem nunca se sentiu assim?

A infância psicológica compromete as decisões
É mais comum do que pensamos agirmos na chamada “infância psicológica”, onde nossos comportamentos lembram os de uma criança. Todas nossas atitudes imediatistas e rasas não trazem a solução e, pelo contrário, confundem ainda mais nossa percepção da realidade. O que fazer então quando a incerteza nos paralisa?

Pela minha experiência, vejo que quando conseguimos entender nossas emoções, nossa percepção interna começa a mudar, levando a atitudes mais ordenadas e tornando mais fácil e palpável a busca pela solução. Isso será possível quando passamos a “racionalizar nossas emoções”. Simplificando, quando compreendo meus mecanismos infantis de reação, começo a construir um novo modo de funcionar escolhendo alternativas de sentimentos mais maduros e equilibrados.

A dificuldade em trabalhar as questões complexas relativas ao dinheiro[bb] e responder a elas com mais segurança é resultado do “distanciamento do nosso eu” e do desconhecimento de nossos reais anseios. Sentimentos infantilizados como a raiva, a insegurança, a birra, o descontrole e a inércia acabam dominando nossa mente e acabamos agindo por impulso.

O caminho é educar as emoções
Todos nós temos a capacidade de agirmos diferente e melhorar nossa vida emocional com ações enriquecedoras que promovem o nosso afastamento das emoções subalternas citadas. O caminho é educar as emoções através do entendimento do sentimento e gerar pensamentos de autoconfiança, substituindo pensamentos pessimistas pelos otimistas. Isso é treino!

A proposta para cada um de nós é o equilíbrio entre o mental e o sentimental. Isso será conseguido através do esforço pessoal na construção do aprendizado sobre si mesmo, sobre as leis naturais que regem o planeta e sobre o outro. Nossos processos internos precisam ser vividos. Parar e olhar para a vida interior, estar consigo no silêncio para perceber suas necessidades interiores.

Os sentimentos são sinalizadores de nossas necessidades e nem sempre sabemos disso. Sentimentos ordenados são “conquistas nobres do processo de aprendizagem”. É preciso atenção para não ser refém de sentimentos desordenados, que levam muitas pessoas ao endividamento, ao uso inadequado do cartão de crédito e até mesmo a deixar todo o salário do mês em uma loja de departamentos.

Nossas emoções são como um painel e indicam o que precisa ser cuidado. Quando enfrentamos uma situação financeira ruim ou períodos de instabilidade econômica, os sentimentos[bb] falam muito alto. Procure prestar atenção em como você reage:

  • Seus sentimentos atrapalham, tumultuam ou auxiliam suas decisões?
  • A primeira coisa que faz é culpar seu parceiro/a pelo momento ruim?
  • Fica com raiva de você e das dívidas contraídas?
  • Busca aprender mais sobre o universo financeiro?
  • Mantém a calma e analisa as melhores alternativas?
  • Coloca as contas em dia e estabelece metas para enxugar o orçamento?
  • Procura não pensar no assunto e finge estar tudo bem?

Nossas reações informam sobre nós e convidam a trabalhar nossas dificuldades. Quando entendemos e analisamos nossas necessidades, compreendemos melhor os valores que são importantes para nossa vida. Precisamos ser mais inteligentes ao definir e respeitar prioridades.

Para finalizar, deixo um conselho e um fragmento do poema de Kahil Gibran sobre autoconhecimento: não tenha medo de encarar seus sentimentos e necessidades, você precisa se conhecer melhor!

“Vossos ouvidos anseiam pelo som do conhecimento de vosso coração.
Quereis saber em palavras aquilo que sempre soubeste em pensamento.
E é bom que o desejeis.
É o tesouro de vossas infinitas profundezas que precisa ser revelado a vossos olhos.”

Um abraço e felizes descobertas…

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