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Dinheirama Entrevista: Isabela Barta, sócia do Cashola

por Conrado Navarro
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Dinheirama Entrevista: Isabela Barta, sócia do CasholaÉ cada vez mais comum encontrar empreendedores brasileiros que, ao se deparar com ideias interessantes já testadas e validadas em outros países, procuram trazer, implementar e vencer com modelos de negócios semelhantes aqui em nosso país. Essas histórias merecem destaque e devem servir de inspiração para aspirantes a empresários que desejam colocar em prática o sonho de ser dono do próprio negócio.

Nossa entrevista de hoje reforça esse desejo. Eu conversei com Isabela Barta, formada em Jornalismo pela Facamp (2003-2007) e pós graduada pela Goldsmiths University of London em Arte Contemporânea e Redação Criativa (2010-2012). Isabela trabalhou com jornalismo impresso e online, fazendo drinks para pagar a pós graduação e com produção editorial para comércio eletrônico.

Hoje, Isabela é sócia do Cashola, um portal que oferece para o consumidor várias formas de economizar e ganhar dinheiro online, seja se cadastrando ou comprando produtos e recebendo cashback, utilizando cupons, ganhando coisas grátis, inscrevendo-se para competições e sorteios, etc. Vale conferir em www.cashola.com.br.

Acompanhe nosso papo:

Isabela, eu quero começar este papo abordando a questão do empreendedorismo, algo que nossos leitores apreciam e veem como um passo importante rumo aos seus sonhos. Por que a decisão de iniciar o Cashola? De onde veio a ideia e como se organizaram para tirá-la da cabeça (e do papel)?

Isabela Barta: A ideia veio quando fui trabalhar na Inglaterra por algum tempo e me tornei ávida consumidora online, porque lá praticamente todas as lojas estão na web e com preços muito menores que as lojas físicas (não têm todo o custo de aluguel, manutenção, funcionários extras, etc.). Então comecei a trabalhar com marketing de afiliados por lá e conheci três outras pessoas, que hoje formam o Cashola.

Eu via a ideia do cashback como algo que seria revolucionário no mercado daqui e eles viam o Brasil como o mercado do futuro, porque o da Inglaterra já estava saturado nesse setor. Como juntamos um designer, um programador, uma especialista em marketing e uma editora, nosso custo inicial foi praticamente zero, o que nos possibilitou sair da empresa em que estávamos e trabalhar para nós mesmos.

Acho importante explicar para o nosso leitor como funciona o Cashola, o conceito de “cashback” e como ele pode ser beneficiado a partir da iniciativa de vocês.

I. B.: O Cashola oferece ao seu usuário várias formas de economizar online: cupons de desconto, promoções relâmpago, amostras para experimentar produtos, compras coletivas, competições e cashback. O cashback é que é a novidade por aqui e bonifica o comprador com uma porcentagem do valor que gastou na sua compra (esse percentual volta para o consumidor).

Então o usuário acessa www.cashola.com.br, se cadastra, encontra a loja ou site parceiro que quer (temos parceiros de todos os setores) e é redirecionado para ele e faz sua compra normalmente, que é rastreada através de um cookie. Pelo fato de a compra ter vindo do Cashola, nós recebemos uma comissão, que pode variar de 2 a 30% do valor da compra, dependendo do parceiro, e a dividimos com o usuário em forma de cashback.

É importante ressaltar que cashback é como um investimento de longo prazo, não é gratificação instantânea. É como uma poupança em que esse excedente de bonificação das suas compras vai se acumulando até formar um montante interessante, que o usuário pode transferir diretamente para sua conta bancária, Paypal ou trocar por gift cards. E isso não exclui as outras formas de economizar, que são os cupons, promoções, etc.

Se o consumidor médio fizer todas as suas grandes compras (como viagens, eletrodomésticos, eletrônicos, presentes etc.) através do Cashola, em um ano ele pode ter cerca de R$ 500,00 ou mais de cashback em sua conta, e isso sem contar o quanto ele economizou com cupons, promoções, compras coletivas, etc.

O conceito cashback é novo no Brasil, mas já existe há certo tempo nos EUA e Europa. O brasileiro irá se surpreender com esse conceito? Conte um pouco como está sendo essa relação do Cashola com o sistema aqui no Brasil.

I. B.: Tudo o que é novidade deixa a gente “meio com o pé atrás”, não é? E é dos dois lados, não só o do consumidor, com as lojas também. O cashback é baseado no sistema de afiliados, que é um marketing de resultados, ou seja, ao invés de a loja fazer um anúncio super caro na televisão que ela não sabe exatamente o quanto vai reverter diretamente em vendas, ela permite que os afiliados (outros sites, como o Cashola) “anunciem” por ela e paga apenas pelas vendas geradas.

Para o usuário do Cashola, isso significa que ele é quem recebe essa comissão pela sua compra em forma de cashback. É uma economia além dos descontos e cupons, um dinheiro que ele não receberia de outra forma. Vale a pena para todo mundo, desde o anunciante até o consumidor final.

Muita gente acredita que isso faz com que o preço dos produtos com cashback sejam maiores, mas isso não é verdade. Os preços são exatamente os mesmos e o cashback é a comissão que a loja paga para quem gerou a venda para ela.

Observando o uso dos clientes e sua frequência de compras online, como você definiria o consumidor digital brasileiro? Há algumas barreiras culturais importantes para a compra à distância que ainda não vencemos?

I. B.: O consumidor digital brasileiro é exigente e pesquisador – e nós sabemos como pesquisar é cansativo e leva um tempo que não temos no nosso dia a dia. Por isso tentamos oferecer todas as melhores ofertas da web num lugar só. Queremos diminuir o tempo entre pesquisa e compra e ainda ter o melhor resultado de qualidade de produtos e preços com desconto.

O consumidor digital brasileiro é também cauteloso. As primeiras compras que as pessoas fazem são de um valor bem baixo, para testar o sistema – o que eu acho ótimo, porque como qualquer coisa nova é preciso aprender a usar (não é intuitivo). Uma pessoa não vai compreender exatamente o que é o sistema com explicações; é preciso testá-lo.

Assim que elas começam a acumular cashback, as compras aumentam de valor. Em relação às “barreiras culturais”, eu citaria uma certa aversão ao novo. Muita gente não entende e vai embora ao invés de testar uma nova ferramenta que pode se provar muito útil. Outra coisa é o imediatismo: as pessoas querem gratificação instantânea e muitas desanimam ao perceber que o cashback é um investimento de médio a longo prazo.

Questões relacionadas à segurança e privacidade são sempre citadas por nossos leitores como grandes preocupações. O Cashola atua com parcerias diversas, inclusive com empresas de ramos bem diferentes. Em sua opinião, esse temor do atual cliente virtual brasileiro tem fundamento?

I. B.: Cada vez menos esse temor tem fundamento. Hoje temos selos de qualidade para as lojas online votados pelo próprio consumidor (como o e-bit) e a possibilidade de interação em fóruns e redes sociais, que permitem que usuários troquem experiências e se sintam mais seguros. Já são 37 milhões de usuários ativos na internet brasileira e 87% deles possuem perfil em alguma rede social, segundo dados do IBOPE – e estar em redes sociais já é abdicar de muito de sua privacidade.

Agora, do que estamos com medo? Quando o cliente preenche seu cadastro e é questionado sobre suas preferências, muita gente acha que está sendo vigiada, que trata-se do “1984”, de George Orwell, mas na verdade aquilo é simplesmente para personalizar os emails e serviços para aquela determinada pessoa. Não há por que ter medo de dividir esse tipo de informação.

A segurança é outro negócio. Mas acredito que os bancos, empresas de cartão de crédito, verificadores e lojas online estão constantemente melhorando seus processos para evitar fraudes e proteger o consumidor. A melhor forma de comprar online é com o cartão de crédito, já que você pode acompanhar exatamente o que foi debitado e estornar se alguma compra foi feita em seu nome por um terceiro. No geral, não há do que ter medo.

A oportunidade de lidar com diferentes produtos e segmentos certamente confere a vocês uma visão mais dinâmica do mercado online. Neste sentido, como deve ser a abordagem do empreendedor que pretende usar a web para aumentar suas vendas e presença? O que ele deve fazer e o que deve evitar?

I. B.: É sim uma grande vantagem poder trabalhar com lojas de vários segmentos, mas por outro lado temos que afinar as nossas formas de comunicação com nossos clientes para não virarmos mais uma forma de spam na internet, mandando para eles coisas que não os interessam. O maior perigo para quem quer aumentar sua presença online é gastar uma fortuna para espalhar banners por todo o lado sem ter um público-alvo bem definido e parcerias com os sites similares ao seu conteúdo.

Estar sempre ouvindo e saber quem é o seu consumidor é chave para poder atingi-lo. Acredito que, cada vez mais, o marketing de afiliados deve crescer por aqui, pois o anunciante não precisa apostar sem saber qual será o seu resultado. Online, tudo é rastreado e registrado e os dados são dinâmicos, o que é crucial para um modelo de negócios bem-sucedido.

Percebemos que no Brasil temos ainda um potencial fantástico para a web. Isso demonstra que as iniciativas digitais podem crescer, e muito. Sob esse ponto de vista, o fato da facilidade da compra conciliada com preços e oportunidades melhores tende a colaborar com a vida financeira das pessoas? Como você, uma das criadoras do Cashola, enxerga essa questão do planejamento financeiro?

I. B.: Pesquisar preços é uma coisa extremamente importante, pois a variação pode ser grande num mesmo produto, assim como rever os nossos hábitos de consumo de tempos em tempos. Comprar na Internet faz uma diferença enorme na vida financeira das pessoas, pois diferentemente das lojas físicas, o gasto fixo de uma loja online é muito menor – e ela pode oferecer preços melhores.

Fora isso, há a possibilidade do consumidor comparar preços facilmente, encontrar cupons, promoções relâmpago e outras formas de economizar que são impossíveis de acompanhar no mundo não virtual. Nada disso exclui a importância de fazer o orçamento pessoal: colocar no papel quais são os seus gastos fixos mensais e depois trabalhar com o excedente dessa conta, priorizando o que é mais importante comprar agora e o que pode ser deixado para depois.

Outra coisa interessante é o planejamento anual, como por exemplo fazer as compras de Natal meses antes de dezembro, quando encontrar uma boa promoção, ao invés de se “descabelar” no fim do ano quando tudo está pelo dobro do preço normal.

Isabela, muito obrigado pela entrevista. Deixe uma mensagem final para os leitores do Dinheirama, tenho certeza que muitos ficaram curiosos para conhecer um pouco mais do seu trabalho e das possibilidades do Cashola.

I. B.: Muito obrigada a vocês, foi ótimo poder falar um pouco sobre o nosso trabalho e discutir as novidades do e-commerce brasileiro, suas barreiras e vantagens. A minha mensagem é: venham nos visitar, aproveitem essa nova ferramenta que é o Cashola para fazer economia e facilitar a sua vida diária.

Nós passamos 24 horas online para os nossos clientes não precisarem suar tanto para encontrar os melhores negócios, e isso só tende a crescer e melhorar. Acessem www.cashola.com.br e confiram! Um abraço e até a próxima!

Foto: divulgação.

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