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O rico fica mais rico e o pobre, mais pobre? Será?

por Tibério Rocha Júnior
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dinheirama-post-rico-fica-mais-rico-pobre-mais-pobreExiste muita gente que acredita que o dinheiro só corre para quem já o tem, tal como uma lei que não está escrita em lugar nenhum, mas que opera e influencia nossas vidas cotidianas.

Por isso, os ricos ficariam sempre mais ricos e os pobres sempre mais pobres. Seria a mesma coisa de dizer que dinheiro atrai dinheiro, numa espiral de abundância de um lado, e do outro uma espiral de escassez.

Por mais determinista que possa parecer, e mesmo sem entender uma vírgula de finanças, estas pessoas podem ter uma parcela de razão. Este é um assunto interessante de examinar e por isso vamos a ele.

Inicialmente, precisamos deixar claro que o dinheiro não possui a capacidade de exercer atração, como por exemplo os imãs possuem. Dinheiro é algo inanimado, uma convenção exclusivamente humana de valor que serve para facilitar as transações.

Se existe algum atributo que o dinheiro possui, ele vem de nossa parte. Então, por si só, ele jamais poderá preferir uma pessoa, um local ou uma situação. Nós é que fazemos isso continuamente através de nossas escolhas, nossos pensamentos e nossas atitudes. E isso tem consequências.

Isso nos permite concluir que o primeiro fator determinante não está no objeto dinheiro, mas na pessoa que se relaciona com ele.

Os valores morais que orientam a sua vida, os conceitos que ela utiliza para compreender a realidade à sua volta, tanto no aspecto temporal como espacial, e os comportamentos que adotam são determinantes para que os indivíduos acumulem mais ou menos dinheiro. Também são determinantes para que ela não acumule nada.

Porém, não é somente no aspecto pessoal que residem estes fatores determinantes. Eles também estão presentes no ambiente externo. Algo que poderíamos chamar de oportunidade.

Logo, não é absurdo imaginar que alguém que vive numa longínqua tribo africana tenha menos condições de formar riqueza material do que alguém que vive em um país com boas taxas de crescimento econômico.

Também não é absurdo imaginar que alguém com mais dinheiro tenha mais oportunidades que possibilitam acesso a informações, fatos e pessoas que fomentam mais dinheiro.

A oportunidade funciona como uma alavanca, porém não substitui a conduta individual. Isso porque existem muitos casos de pessoas que saem de condições de grande carência financeira e alcançam bons patamares de riqueza ou estabilidade. Bem como existem aqueles que perdem boas condições e experimentam provações financeiras severas.

Mesmo assim, não podemos negar uma questão matemática nesse aspecto, que favorece a crença que estamos examinando. Um montante financeiro maior gera maiores lucros, alimentando ainda mais a fonte que o originou.

Na verdade, aplicar 15% sobre 15 milhões tem muito mais resultados do que aplicar os mesmos 15% sobre 15 mil, apesar de que nem sempre quanto maior a base financeira, maior a rentabilidade sobre ela. Contudo, isso fortalece a lógica de que quanto mais dinheiro existir, mais dinheiro se terá.

O fato é que, seja nas pessoas, seja nas empresas, seja nos países, existe um momento no qual o padrão existente é quebrado, as determinantes externas não são suficientes e um processo de pobreza ou de riqueza se inicia.

Portanto, não se se trata de uma lei, como a gravidade. Trata-se, no máximo, de uma tendência. E em condições honestas, este momento de quebra e mutação normalmente está relacionado com a falta ou a presença de trabalho, empenho, produtividade, diferenciação e geração de valor para o mercado.

O que você acha? Dê a sua opinião e deixe seus comentários no espaço abaixo. Até a próxima.

Foto money falling, Shutterstock.

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