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Finanças para casais: é possível conciliar amor e dinheiro?

por Isabella Abreu
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Finanças para casais: é possível conciliar amor e dinheiro?

Dinheiro é um tema que provoca boa parte dos problemas de relacionamento entre casais. Uma recente pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que 16,7% dos brasileiros casados declaram que a maneira como eles gastam o próprio dinheiro é motivo de briga dentro de casa.

De acordo com o estudo, o percentual de casos de conflitos aumenta para 22,7%, quando analisados somente os casais inadimplentes, ou seja, aqueles que estão com contas em atraso.

Ao analisar apenas os entrevistados que estão adimplentes – sem nenhuma conta em atraso – o percentual cai para 10,7%. Já outro levantamento do Serasa aponta que apenas 3% dos consumidores afirmam ser transparentes e honestos financeiramente com o parceiro.

De acordo com especialistas, casais endividados, sem controle de gastos e que não conseguem concretizar seus objetivos por questões econômicas são mais propensos ao divórcio, já que perdem muito tempo com as contas do lar e deixam de lado o campo amoroso.

Dessa forma, manter as finanças saudáveis é fundamental para a sobrevivência do casamento. Para isso, a recomendação é que o casal dialogue sobre o assunto.

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Se o tema dinheiro causar muita tensão ou gerar muita expectativa, crie um clima tranquilo, escolha o momento ideal e torne isso um hábito”, ensina Rogério Olegário do Carmo, consultor financeiro e diretor da Libratta.

Segundo a planejadora financeira e sócia da Moneyplan Angela Nunes Assumpção, a falta de organização do orçamento é um dos erros mais comuns cometidos pelos casais.

Uma boa orientação é estabelecer objetivos a serem atingidos, o quanto será preciso para alcançá-los e em que prazo. “Assim, é possível visualizar qual esforço financeiro será necessário”, diz Angela.

Outro pecado, na opinião do consultor da Libratta, é praticar a “infidelidade financeira”, que pode ser compreendida como o ato de esconder do parceiro as decisões financeiras e o próprio comportamento diante do dinheiro.

Alguns exemplos: não compartilhar planos; esconder despesas, compras, dívidas, investimentos e seguros; e disfarçar comportamentos destrutivos como compulsão por compras, desorganização financeira e desprezo pelo dinheiro.

Leitura recomendada: Casamento e finanças: 3 pontos para não acabar com o amor

Ao contrário do que se imagina, não apenas a falta de dinheiro gera brigas, mas o excesso também. Em alguns casos, quando a renda do casal é muito alta, eles não conseguem chegar a um consenso sobre a melhor forma de administrar os recursos da família.

Para resolver esse conflito, Angela Nunes Assumpção, da Moneyplan, recomenda que o casal estabeleça objetivos comuns para a vida a dois. Dessa forma, é possível apontar os pontos negativos e positivos dos gastos mensais e trabalhar em conjunto para planejar metas de longo prazo como uma viagem, a troca do carro, uma reforma na casa, entre outros.

Gastadores e poupadores podem ser felizes juntos?

Afinal, qual a solução quando os perfis são opostos? Nesse caso, um comportamento desastroso é criticar e desqualificar o modo como o outro trata a questão.

Para Cleide Bartholi Guimarães, psicóloga e autora do livro “Até que o Dinheiro nos Separe – a questão financeira nos relacionamentos”, a melhor saída é ouvir com atenção o que cada um considera, pensar para responder o que acha, sem invalidar a posição do outro.

“Ao reconhecer a posição de seu parceiro, o casal pode optar por fazer pequenos testes, ora um ora outro usa o seu estilo e acompanham os resultados. Há casos que não é possível fazer isso, então a criação de consensos é decisiva nessa hora”, ressalta Cleide.

A especialista afirma que a convivência de alguém que prefere ser poupador com alguém que seja gastador pode criar formas de convívio positivas se um validar o outro e se esforçarem para entender e se ajustarem as preferências e necessidades do companheiro, sem com isso achar que está renunciando algo.

Segundo Rogério Olegário do Carmo, da Libratta, é muito interessante quando o casal possui perfis diferentes, pois um poderá ajudar o outro a convergir para o equilíbrio.

“Imagine um casal onde ambos são gastadores, isso normalmente leva ao desastre. Por outro lado, um casal onde ambos são poupadores pode-se não permitir que a vida tenha prazer. O ideal é usar o dinheiro com equilíbrio, afinal, ele também foi feito para gastar, segundo os critérios e valores de cada família”, conclui Rogério.

Recentemente, Conrado Navarro, idealizador e fundador do Dinheirama, gravou um vídeo falando exatamente sobre casamento e dinheiro, oferecendo algumas sugestões para evitar desgastes e construir uma família unida e capaz de atingir seus sonhos. Assista:

Foto “Love or money”, Shutterstock.

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