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5 sinais de que o seu planejamento financeiro não funciona

por Ricardo Pereira
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5 sinais de que o seu planejamento financeiro não funciona

A busca por sinais de desperdício dentro do planejamento financeiro deve ser uma constante para quem pretende alcançar o sucesso financeiro. O envolvimento pessoal na hora de realizar o planejamento financeiro é fundamental, e dedicar tempo para entender o quanto isso é importante costuma fazer toda a diferença.

Infelizmente, em muitos casos a ideia de planejar e acompanhar o orçamento pessoal de perto acaba não fazendo parte do dia a dia. Alguns acabam cometendo erros grosseiros, por falta de atenção e conhecimento.

Se você sente que existem gargalos no seu planejamento, ou se no final do mês nada funciona como esperado, atenção, muita atenção a esses sinais; você pode estar remando com tanta força que nem percebe que ou está parado no mesmo lugar está sendo levado pela correnteza.

Hoje apresento 5 sinais que evidenciam que existe um problema a ser resolvido no planejamento financeiro,

1.“Não consigo registrar os gastos de forma organizada e frequente”

Logo no começo do mês, você anota tudo: contas mensais, cartão, despesas com compras e outros gastos eventuais. Ainda assim, você percebe que gasta mais do que o previsto. O que isso significa? Simples: que o seu planejamento não está acontecendo de acordo com o que você esperava.

A principal dica nesses casos é se preocupar mais com o momento do gasto do que com a projeção do que será gasto. Na maioria das vezes, isso acontece porque deixamos de lado os gastos mais banais, coisas pequenas que, quando acumuladas, viram um número assustador (e preocupante).

Anotar todos os gastos com afinco não é necessariamente uma atividade que deve ser feita todos os dias do mês (ou mesmo todos os meses do ano), mas em alguns momentos é fundamental para encontrar o padrão de vida, portanto, quando decidir fazê-lo organize-se de tal forma para que não existam falhas.

Leitura recomendada: Aprenda a usar sua planilha de controle financeiro e evite o desânimo ao cuidar do orçamento

2.“Tenho controle financeiro há meses e ainda não vi efeito disso”

A sua expectativa é economizar 10% do salário e todo mês acontece a mesma coisa: falta salário e sobra mês? Esses casos são mais comuns do que se imagina, principalmente porque estamos acostumados a planejar o mês com o que ganhamos, não com o que pretendemos gastar.

Nesse caso, a melhor solução é reservar o dinheiro que você quer economizar antes de começar o mês, ou seja, antes de realmente precisar pagar as dívidas. A regra é clara: renda líquida menos 10% para seus investimentos (pelo menos) resulta no padrão de vida possível.

Outro detalhe importante: estabeleça metas e objetivos plausíveis para que as mudanças no seu planejamento financeiro possam surgir efeito mais rapidamente. Isso não significa abrir mão do sonho da independência financeira (este demora sempre mais), mas ter o que celebrar em relação aos pequenos gastos também, o que ajuda na motivação.

Leitura recomendada: 5 Passos para você criar sua reserva de emergência (ou fundo de reserva)

3.“Não consigo deixar de usar cartão de crédito”

Para muita gente, o cartão de crédito é um vilão. O problema é mais grave do que podemos imaginar, porque muitos brasileiros encaram o cartão como um tipo de gasto, quando na verdade ele é apenas uma ferramenta, um meio de pagamento.

Colocar a culpa na ferramenta é fugir da realidade, uma artimanha para se ver como vítima em vez de encarar a realidade nua e crua: você é o responsável pelo que compra no cartão. Ponto. Ah, os juros são altos? São. Altíssimos, aliás, mas você foi lá e comprou quando não podia. Não foi?

Portanto, use o cartão de crédito sempre levando em conta seu orçamento pessoal, definido durante o planejamento. Se você gastou R$ 500,00 no supermercado e pagou com o cartão de crédito, na hora de fazer seus controles, o lançamento deve ser no grupo de gasto do supermercado, e não com um grupo “cartão de crédito”.

Sempre pague a fatura integralmente, e quando isso não for possível por dois meses seguidos (ou mais), quite a dívida tomando dinheiro emprestado a juros mais baixos (CDC ou consignado, por exemplo) e cancele os cartões de crédito por algum tempo.

Leitura recomendada: Como usar o cartão de crédito de forma consciente e sem pagar juros

4.“Para meu planejamento dar certo, preciso ganhar mais dinheiro”

Qualquer planejamento não deve ser feito baseado no que você quer, mas sim no que você tem. Em vez de pensar que você precisa ganhar mais, concentre-se no que você recebe hoje e saiba que é sempre mais inteligente tentar gastar menos do que ganha, regra essa que permitirá que você, ao ganhar mais, tenha sempre mais patrimônio líquido.

Ao longo do tempo, já encontramos, em nosso trabalho como ativistas da educação financeira, pessoas endividadas e com sérios problemas, mesmo ganhando milhões, e outras que recebiam salários menores e conseguiam, dentro das possibilidades e com paciência, realizar muitos de seus sonhos.

Ganhar mais dinheiro sempre é bom, e você pode (deve) buscar maneiras de fazer isso (empreendendo, vendendo algum serviço ou mesmo produto fruto de seu talento e etc.), mas antes de pensar nisso, aprenda a viver com o que você tem hoje.

Leitura recomendada: 7 dicas para controlar seu dinheiro e vencer a crise

5.“Não consigo planejar a longo prazo”

A maioria das pessoas acha que planejamento financeiro tem a ver com conseguir juntar muito dinheiro em pouco tempo. Isso não é verdade. Esqueça essa realidade e lembre que é mais fácil começar aos poucos, observando mais o cotidiano e os objetivos de curto prazo.

Tente primeiro planejar seu final de semana, depois sua semana, depois seu mês e aí sim comece a pensar mais longe. Planejar é sinônimo de ter e saber usar paciência para, com consistência e atitude, construir um legado (e isso não acontece da noite para o dia).

Lembre-se que o brasileiro está vivendo cada vez mais: nossa expectativa de vida está em quase 75 anos. Você vai viver muito, ótimo, mas não fique muito “bitolado” com esse fato. Em vez disso, prefira aproveitar que tem muito tempo para se organizar melhor, mas sem se esquecer de colocar em prática as decisões importantes de investimento que sempre passam na sua cabeça.

A dica aqui é não ficar paralisado com a preocupação de não estar fazendo nada pelo seu futuro e começar efetivamente a fazer alguma coisa por ele hoje, agora. Para isso, comece simples, organizando e planejando coisas menores e de horizonte temporal menor. Aprendeu? Pratique para o longo prazo também.

Leitura recomendada: O poder dos juros compostos no planejamento de longo prazo

Conclusão

Não negligencie sua responsabilidade de construir o planejamento financeiro pessoal de forma eficiente, afinal ele é um instrumento essencial e decisivo para conhecer de fato suas possibilidades, desafios e oportunidades de adequação de gastos e realização de objetivos.

Sempre que possível, converse e incentive sua família a participar de suas decisões financeiras. Compartilhar o orçamento e reunir todos para discutir os gastos é um bom começo. Fundamentalmente, acredite que se seu orçamento não funciona, o melhor é dar um passo atrás, recomeçar, analisar gasto por gasto e agir rapidamente antes que o buraco seja tão grande que seja difícil sair dele.

Se um ou mais dos sinais aqui expostos está presente em sua vida, junte as pessoas importantes da sua vida e encare o orçamento financeiro de frente, com coragem e determinação. Conte com nossa ajuda sempre! Obrigado e até a próxima!

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