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Retomada do crescimento econômico será mais lenta

por Redação Dinheirama
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O Brasil está deixando a crise para trás, mas indicadores sugerem que o ritmo da retomada será lento. Analistas do mercado financeiro preveem que a recessão deverá terminar neste segundo semestre, e o país poderá voltar a crescer em 2017.

Integrantes da equipe econômica do governo começaram a falar nos últimos dias na possibilidade de a economia crescer acima de 1,5% no ano que vem. Grandes bancos, como o Bradesco e o Itaú, têm projeções positivas. O Bradesco prevê uma expansão de 1,5% e o Itaú, de 1%.

O ritmo da expansão promete ser mais fraco do que após as últimas crises, prevê o economista Paulo Pichetti, da FGV, responsável pelos indicadores usados na datação dos ciclos econômicos.

“Esta recessão está fora do padrão das últimas quatro”, diz Pichetti, referindo-se à dificuldade de se confirmar a saída da atual contração econômica. “A natureza da recuperação, quando ela vier, será de menor intensidade, mais fraca.”

Em sua opinião, o ajuste nas contas do governo, prometido pelo presidente interino, Michel Temer, “não é expansionista”. Isso não ajuda a estimular uma taxa de crescimento muito acelerada nos anos seguintes à crise.

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Taxa de desemprego volta a subir

A taxa de desocupação no segundo trimestre de 2016 foi a maior da série histórica. Série essa, iniciada em 2012, em todas as grandes regiões do País. São dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo IBGE.

No Nordeste, a taxa de desemprego subiu de 10,3% no segundo trimestre do ano passado para 13,2% no segundo trimestre deste ano. No Sudeste, saiu de 8,3% para 11,7%. No Norte, de 8,5% para 11,2%. No Centro-Oeste, de 7,4% para 9,7%. E no Sul, de 5,5% para 8,0%.

No primeiro trimestre de 2016, as taxas tinham ficado em 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre de 2016 foram observadas no Amapá (15,8%), na Bahia (15,4%) e em Pernambuco (14,0%). Enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).

O resultado foi o maior da série histórica em 20 das 27 unidades da federação. Em Roraima, Rondônia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia e Distrito Federal a taxa não foi a maior já registrada pelo IBGE.

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Senadores se articulam para barrar projeto de renegociação da dívida dos Estados

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, doze governadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste peregrinaram nesta terça-feira (16), por gabinetes do Palácio do Planalto e do Congresso em busca de apoio financeiro para sair da crise. Segundo um dos participantes do encontro com presidente interino Michel Temer, o presidente em exercício disse ter pedido a seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para estudar contrapartidas aos Estados não contemplados no projeto de repactuação de dívidas públicas. A reunião, porém, foi encerrada sem um acordo concreto.

Senadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, insatisfeitos com o projeto de renegociação da dívida dos Estados – ainda em tramitação na Câmara dos Deputados – já começam a se articular para paralisar a proposta no Senado até que o governo federal atenda as contrapartidas exigidas pelos governadores.

Enquanto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul respondem por 84% da dívida dos Estados com a União, as regiões Norte e Nordeste juntas são responsáveis apenas por 9%. Dessa forma, os governadores desses Estados buscam apoio no Congresso Nacional para aprovar propostas que também os beneficiem e pedem um apoio imediato de R$ 7 bilhões.

Mercado financeiro

O cenário de correções no exterior leva o mercado financeiro no Brasil manter a cautela, aguardando a ata da última reunião da Fomc, que poderá sinalizar o caminho da política monetária do FED nos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, opera as 10h41 em baixa de -0,81% com 58.378 pontos, enquanto o dólar tem valorização de +1,01% negociado a R$ 3,23.

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

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