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Passar a vida poupando não é sinônimo de riqueza (deixem o cafezinho em paz)

por Ricardo Pereira
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Nos últimos tempos, tenho observado com cuidado o surgimento de muito material na internet e fora dela que trata (ou pelo menos tenta) da educação financeira. É realmente muito importante que o tema seja cada vez mais difundido e tratado com carinho por um número maior de pessoas.

Falar sobre dinheiro é um enorme desafio para muita gente, principalmente quando falar sobre dinheiro é sinônimo de problemas e apreensão. Infelizmente, muito do discurso que tenho acompanhado relaciona o dinheiro não como um problema (o que é bom), mas como uma “pseudo-solução” para tudo (isso é péssimo).

Dinheiro é mais um dos assuntos importantes que temos que encarar, com a devida atenção, mas sem esquecer que uma vida feliz depende de uma questão fundamental: a necessidade de manter o equilíbrio.

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Os tempos mudaram e a educação financeira se tornou mais relevante

Durante muito tempo, a linguagem adotada em relação à educação financeira deixava as pessoas confusas. Todos acreditavam que tratar o dinheiro com a importância devida era complicado demais.

Com o crescimento econômico experimentado após o surgimento do Plano Real, o olhar sobre a economia se tornou mais presente. Mesmo com todos os percalços que tivemos desde então, a atual geração tem ao seu favor uma economia mais dinâmica, mas também mais previsível.

É verdade que estamos (muito) longe do ideal, principalmente quando nos comparamos com outros países. Mas é inegável que hoje temos a oportunidade de fazer mais e melhores escolhas por termos mais e melhores opções quando o assunto é dinheiro.

Uma questão tem me incomodado cada vez mais: muitos colegas que se dizem especialistas em educação financeira têm adotado um discurso perigoso: poupe, abra mão de alguns pequenos prazeres e você alcançará o sonho de ficar rico.

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A matemática é uma ciência exata. Quando utilizadas para fazer uma conta, tanto a calculadora quanto a planilha conseguem demonstrar a força dos juros compostos ao longo do tempo. Mas esse não é o problema! O que me incomoda é o discurso de que abrir mão de um simples café é fundamental para enriquecer.

Cada vez mais é importante ter e manter um orçamento enxuto e adequado ao padrão de vida pessoal. Também é fundamental pechinchar e sempre conseguir alguns bons descontos, mas não é apenas poupando que se consegue construir patrimônio e uma vida financeiramente mais tranquila.

O discurso do poupar não deve ser descartado, mas também não pode ser supervalorizado. Onde ficam questões como aumento de renda, empreendedorismo, investimentos mais arrojados, por exemplo? Outros temas essenciais acabam não recebendo a atenção necessária por parte de muitos profissionais.

Deixem o cafezinho em paz!

A mensagem direta é se você economizar um cafezinho por dia conseguirá economizar ao longo do mês tantos reais. Esses tantos reais geram, ao longo de um ano, outros tantos reais. Em muitos anos, uma pequena fortuna. Na teoria não poderia funcionar melhor, afinal, o que é um cafezinho?

O primeiro ponto falho no discurso simplista dos poupadores em excesso é que não existe um direcionamento para o ato de poupar. Afinal, por que poupar? Para não gastar? Para economizar? Para não consumir?

Pouco se tem falado dos verdadeiros objetivos e de como é importante ensinar as pessoas a planejar metas de curto, médio e longo prazo. Aliás, poupadores não costumam falar de planejamento: tudo se resume a poupar e pechinchar.

O segundo ponto importante é a falta de orientações sobre investimentos, e isso talvez se explique por conta da questão anterior, afinal falar de investimentos sem ter objetivos é impossível para quem trabalha a educação financeira de uma maneira incompleta.

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Uma vida mais rica

É um erro acreditar que as pessoas não estão preparadas para ir um passo adiante e sair do apenas poupar para o investir e empreender. É importante que a mensagem da educação financeira como um estilo de vida para realização de sonhos seja transmitida de maneira eficaz e constante, mesmo que de maneira fragmentada.

Iludir as pessoas com o discurso do cafezinho e deixar entendido que isso será o suficiente para uma vida melhor no futuro é simplificar uma realidade que não existe.

Por isso, aqui no Dinheirama, ao longo dos anos, não deixamos de destacar que é importante poupar, mas essa poupança tem que vir com planejamento e boas escolhas na hora de investir.

Justamente porque queremos ir além, preparamos uma série de materiais de educação financeira, todos gratuitos e que se complementam. Conheça alguns dos materiais:

Conclusão

Da mesma forma que dinheiro não cai do céu, também é importante ter a consciência de que nada vem fácil. Muitas vezes, os pequenos prazeres da vida, como um bom café, são instrumentos que recarregam as baterias para não desistirmos.

Educação financeira é, entre outras coisas, a arte da persistência. Abrir mão dos pequenos prazeres, via de regra, não fará você mais rico, nem mais feliz. Cuidado com quem tenta fazer você acreditar nisso! Obrigado e até a próxima!

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