Home Economia e Política Economia: dificuldades no Brasil e oportunidades no mundo chinês

Economia: dificuldades no Brasil e oportunidades no mundo chinês

por Fernando Pinho
0 comentário
Economia: dificuldades no Brasil e oportunidades no mundo chinês

Passada a tentativa frustrada do Governo Federal de lançar um “balão de ensaio” visando alterar a alíquota máxima de IRPF de 27,5% para 35%, sabe-se que outras ardilosas ideias serão urdidas pela equipe econômica, visando aumentar a combalida arrecadação tributária.

O aumento da CIDE dos combustíveis foi a pioneira, porém, pode haver frustração da receita projetada, já que o consumo dos mesmos tende a diminuir acentuadamente, como inúmeras vezes ocorreu. E, diga-se de passagem, as estimativas governamentais raramente se confirmam, já que são baseadas em premissas erradas.

Imperdível: 5 ações para comprar agora

A inflação está cedendo, notadamente graças à brutal recessão em curso, o desemprego continua alto, a SELIC tem forte tendência declinante (não se sabe até quando), o dólar e o euro com cotações estáveis e o faturamento dos diversos setores da Economia em permanente trajetória errante.

O panorama político continua desafiador e desencorajando os investimentos produtivos. Há diversos aspectos a lamentar, porém alguns a comemorar. O primeiro é o fato da sensível melhora da governança corporativa da Petrobras, o que culminou com a diminuição do respectivo endividamento, da melhora do desempenho de outros indicadores de performance, além de eliminar o grau de ingerência política na administração da mesma, fatores que devem, num futuro próximo, recuperar os preços das respectivas ações, atualmente ainda muito depreciadas.

O que são dividendos? Como escolher ações que pagam dividendos?

O Banco do Brasil e a CEF também passam por um severo ajuste de suas respectivas estruturas, com dramático fechamento de agências e demissão de funcionários ociosos, objetivando adequarem-se aos novos padrões tecnológicos, em que os clientes não querem mais ir às agências. O segundo fato relevante é o forte surgimento de oportunidades ao capital estrangeiro, notadamente à China, para compra de empresas estatais e privadas, já que a recessão depreciou acentuadamente o valor das mesmas, excessivamente endividadas. O aumento da influência da China na geopolítica mundial tem sido impressionante.

Em 2016, aproximadamente 35% do total de negócios de fusões e aquisições no Brasil foram feitos com capitais chineses, que aqui já aportaram algo como U$ 17 bilhões. Alguns exemplos: a venda da CPFL para a State Grid por U$ 4,8 bilhões, a da Duke Energy SP e PR para a CTG por U$ 1,2 bilhão, a da Triunfo para a CTG por U$ 566 milhões e a outorga das Usinas Jupiá e Ilha Solteira para a CTG por U$ 4,6 bilhões.

Há ainda um número relevante de negócios a ocorrer proximamente: a venda das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Belo Monte, da CESP, de algumas distribuidoras da Eletrobrás, da CEMIG, bem como de inúmeras controladas da Petrobras, como a BR Distribuidora.

eBook gratuito recomendado: Riqueza pessoal é possível

Em relação ao aumento da relevância da China no mundo atual, Martin Jacques, renomado pesquisador inglês e autor do livro “Quando a China Mandar no Mundo” (Círculo de Leitores, Portugal, 2012, Pág. 22/23), afirma: “Os países veem, invariavelmente, o mundo em termos da sua própria experiência. À medida que vão tornando-se hegemônicos – como a China se tornará –, procuram moldar o mundo à luz dos seus próprios valores e prioridades.

É comum, no entanto, acreditar que a influência da China no mundo será principalmente, e esmagadoramente, econômica. No entanto, os efeitos políticos e culturais terão no mínimo o mesmo alcance. O argumento subjacente deste livro é que o impacto da China no mundo será tão grande como o dos EUA durante o último século, provavelmente muito maior e certamente muito diferente”. Fica a mensagem para todos os brasileiros: se não pensarmos seriamente no futuro do nosso país, outros o administrarão por nós.

Sobre Nós

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.  Saiba Mais

Mail Dinheirama

Faça parte da nossa rede “O Melhor do Dinheirama”

Redes Sociais

© 2023 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.