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3 Dicas para definir e refinar seu modelo de negócio

por Bruno Perin
3 min leitura
3 Dicas para definir e refinar seu modelo de negócio

Ontem eu estava em um evento incrível e passei a tarde ajudando jovens a ajustarem melhor suas ideias para empreender. Como sempre notei, o erro básico é a modelagem. E se você acha que é apenas entre eles, duas semanas antes dei aula em um MBA e o erro disparadamente mais cometido também foi de modelagem.

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O que é modelagem em primeiro lugar? É quando você começa a fazer os ajustes no seu negócio para definir qual é a melhor forma de atender uma necessidade, de um determinado público, para resolver um problema específico. De um jeito ainda mais simples, modelagem significa ajustar a melhor maneira de liquidar com um problema.

A principal modelagem acontece no início, quando a ideia saiu da mente e a pessoa está querendo encontrar o jeito de começar a testá-la. Justamente por poucos recursos, necessidade, tempo e energia disponíveis, quanto mais assertivo, melhor – até porque isso pode ser fatal.

No entanto, nem sempre as pessoas levam tão a sério esse momento como deveriam e esse continua sendo o grande erro que vejo no início dos negócios: ajustar a forma mais adequada de começar.

Assim, resolvi listar três pontos essenciais para você ficar ligado na hora de modelar o seu negócio:

1. Ajuste de acordo ao problema e não ao que você quer fazer

É muito comum os empreendedores começarem a desenhar uma solução para o problema e se apaixonarem por ela. Assim, quando começam a trocar ideia com as pessoas e percebem que aquela solução não é a mais adequada para o problema, elas querem buscar outro problema para atender e não ajustar seu negócio ao problema.

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Empreendedorismo é uma resposta ao problema, portanto sua chance de ter um modelo de negócio mais sólido parte de você estar com a linha central sempre em “Estamos resolvendo isso que nos propomos a resolver”?

2. Trabalhe tanto na ideia quanto na comunicação dela

Essa etapa é fundamental para você não sair por aí investindo seus recursos limitados em algo que, com um pouco de pensamento e bons feedbacks, seria evitado. A ideia é não desperdiçar recursos que devem ser destinados ao lugar certo.

Perceba que quando falamos de empreendedorismo já esperamos ter muitas dificuldades; quando falamos de startups, esperamos ainda mais dificuldades, portanto evitar grandes adversidades logo na largada pode ser vital para o seu negócio.

No entanto, o que muitas vezes acontece é que a pessoa trabalha forte no produto, na ideia, mas não pratica tanto a forma de se fazer entender. É muito comum ter uma ideia incrível e não conseguir mostrar isso – e aí desistir da ideia por achar que o mercado não a quer, não gosta dela ou que ela não faz sentido.

Para ter bons feedbacks e ver o que realmente as pessoas pensam, gostam ou odeiam você precisa ter uma comunicação muito precisa e bem-feita.

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3. Corte, corte e corte

O maior erro (disparado) no início das startups é começar amplo demais. Nada chega nem perto disso. Normalmente, as pessoas pensam em resolver o problema de uma forma e criam diversas “coisinhas extras” para ajudar.

Quando você vai começar a empreender em startups, você já está promovendo uma solução diferente para um problema, e inicialmente a sua única busca deve ser pela validação da proposta, ou seja, se a sua solução é boa ou não.

Cada coisinha extra que você acha que pode ajudar os usuários a se manterem mais tempo com você (ou dar mais valor à sua empresa) pode confundi-los. E entre oferecer mais valor e confundi-los opte pelo simples, opte pelo valor. Sempre!

Você precisa saber se o seu jeito de resolver vai ou não ser útil, então foque seus esforços nisso. Aos poucos, enquanto vai ajustando e percebendo que sua maneira de resolver faz sentido, você vai implementando mais coisas.

Imagine sempre uma pessoa buscando sua startup: quanto menos opções ela tiver, mais fácil será para ela entender como funciona e se aquilo é bom ou não. Se você colocar algo mais, pode confundir o cliente, e ele corre o risco de não fazer ou experimentar o que deveria.

O Uri Levine, fundador do Waze, certa vez me disse que “o mais importante no início do negócio é saber o que não fazer”.

Conclusão

Quase todo o dia estou ajudando alguém a modelar um negócio e os três pontos citados neste texto são fundamentais para nortear as ações do empreendedor quando a modelagem for o desafio da vez. Do fundo do coração, espero que este material ajude a lapidar ainda mais (e melhor) sua ideia e sua capacidade de executá-la. Até a próxima!

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Foto “Making plans”, Shutterstock.

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