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3 Dicas para evitar que o estresse detone sua vida financeira

por Conrado Navarro
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3 Dicas para evitar que o estresse detone sua vida financeira

Fábio comenta: “Navarro, você fala muito de finanças comportamentais e gosto disso. Tenho experimentado uma carga alta de estresse na vida e no trabalho, e isso tem prejudicado minha capacidade de gerar renda, além dos gastos com tratamentos e medicamentos. Como você administra isso na sua rotina pesada de empreendedor? Obrigado“.

Estresse, finanças, dinheiro, opa, uma mistura interessante e desafiadora, principalmente quando pensamos em um mundo onde as mudanças são frequentes, acontecem cada vez mais rápidas e requerem constante vigilância e adaptação de cada um de nós. O equilíbrio parece ser o grande desafio da Era da Informação, concorda?

A propósito, dinheiro tem tudo a ver com comportamento. Não existe outra maneira de realmente dominar e praticar a educação financeira. As mudanças e avaliações comportamentais exercem maiores resultados no enriquecimento (ou empobrecimento) do que a mera falta de conhecimento sobre matemática ou ferramentas financeiras.

Um pouco de teoria sobre o estresse

Praticamente todos nós temos uma definição intuitiva sobre o que é o estresse, mas conhecer mais detalhes sobre isso pode ajudar a manter não apenas o equilíbrio financeiro, mas também a sanidade e tudo mais em ordem.

Uma definição mais técnica de estresse passa por diversas questões. Gosto desta aqui, da Dra. Marilda Lipp: “Estresse é a uma reação que envolve componentes emocionais, físicos, mentais e químicos a determinados estímulos que irritem, amedrontem, excitem, confundam e/ou façam a pessoa extremamente feliz”.

Você se sentirá estressado quando seus recursos forem insuficientes para responder às exigências do meio onde está inserido. Parece simples resolver isso, bastando reduzir tais exigências, trabalhar menos e buscar adotar um horário de trabalho mais flexível, mas nem sempre isso é possível (ou desejável).

Por outro lado, a falta de estresse, em um ambiente confortável demais e muito tranquilo, pode levar o indivíduo a experimentar sentimentos de incapacidade, tristeza, tédio e insatisfação, abrindo caminho até para processos depressivos agudos e complexos.

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Pressão na dose certa

Se tem uma palavra que é muito importante e deve ser lembrada (usada) neste contexto do estresse, é a palavra equilíbrio. Para todos nós existe uma condição ideal de pressão à qual precisamos estar submetidos para mantermos nossa autoestima e nossa capacidade produtiva em níveis sadios.

Que equilíbrio é bom, todo mundo sabe, mas o desafio é que nós somos os únicos responsáveis por encontrar nosso próprio equilíbrio, e isso é mais difícil do que parece. Sugiro que você faça duas perguntas para si mesmo (e com frequência):

  • As exigências que enfrento são maiores que meus recursos para respondê-las?
  • As exigências que me fazem são insuficientes para que eu me sinta realizado em minhas tarefas?

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3 dicas para administrar melhor o estresse

Serei mais objetivo a respeito de como eu lido com o estresse no dia a dia, oferecendo três sugestões que funcionam muito bem para mim:

1. Avalie a situação

Quando você se deparar com uma situação ou evento que o deixe estressado, antes que pensamentos negativos tomem conta de sua mente, faça-se algumas perguntas:

  • Há motivos para eu estar preocupado?
  • Qual a pior coisa que poderia acontecer?
  • Qual a probabilidade disso acontecer?
  • Como lidar com isso?
  • Qual o modo mais construtivo de pensar nisso?

2. Avalie as opções

Continuando seu diálogo interno a partir das questões anteriores (que delinearam o cenário), agora avalie as opções práticas para lidar com o problema:

  • O que eu prefiro fazer?
  • Quais serão as consequências se eu fizer assim?
  • Como lidar com as consequências?
  • Existem outras opções? Quais são?
  • Quais serão as consequências se eu me decidir por outro caminho?
  • Eu topo (sei) lidar com as consequências?

3. Tome uma decisão

Muitas pessoas simplesmente aceitam os fatos geradores do estresse e ficam murmurando consigo mesmas (e com os outros) a respeito da situação. É aquele famoso “mimimi” que anda tão em moda hoje em dia, e sei que você sabe do que estou falando.

Em vez disso, depois de avaliadas as questões dos itens anteriores, tome sua decisão tendo em mente duas afirmações: 1) O que for possível mudar, eu mudarei (você age e cria o caminho da saída); e 2) O que não for possível mudar, eu aceitarei e seguirei minha vida (o que não tem solução, já está resolvido).

Uma palavrinha sobre administração do tempo

Em um mundo repleto de novidades e acesso rápido a tudo, é fundamental aprendermos a discernir e separar aquilo que é importante daquilo que não é. Há muitos casos em que o estresse tem relação com os prazos de execução das tarefas e volume de informações, situações que podem paralisar e até mesmo destruir objetivos pessoais e as finanças familiares.

Cuidado com a tentação de querer executar primeiro as tarefas fáceis e interessantes para você. Na maioria das vezes, essas tarefas não são tão importantes. Como já diz a teoria de Pareto, dedique 80% do seu tempo para realizar os 20% das tarefas que são realmente importantes. Só então utilize os 20% restantes do seu tempo para executar o que for possível dos 80% de tarefas menos importantes que restaram.

Fazendo assim você já irá se sentir bem melhor e menos sobrecarregado, e os seus resultados serão melhores e mais abundantes. Pense nisso não apenas em relação ao seu trabalho, mas em todos os seus esforços de geração de renda, além claro da administração dos seus investimentos.

Leitura recomendada: Inteligência emocional e prioridades: a combinação perfeita para resolver problemas financeiros

Conclusão

Dinheiro, finanças e estresse estão muito relacionados, mas o principal é não interpretar erroneamente os sinais. O estresse é uma consequência, assim como o endividamento. Portanto, um passo atrás aqui é fundamental para lidar com seus comportamentos em relação a muita coisa, inclusive (mas, não somente) dinheiro.

O volume de informações e atividades que teremos que administrar só tende a aumentar, portanto é fundamental desenvolver técnicas de administração do estresse ao mesmo tempo que exercitamos o aumento de nossa resiliência. Seja forte e avance! Ninguém disse que seria fácil. Até a próxima!

Foto “Perfect balance”, Shutterstock.

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