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3 FIIs para colocar na carteira em julho, segundo o BB

BB Investimentos realizou três mudanças em sua carteira de FIIs para o mês, com o foco em uma estratégia de ganho de capital

por Gustavo Kahil
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Galpões, FIIs
(Imagem: Unsplash/ Ruchindra Gunasekara)

O BB Investimentos realizou três mudanças em suas carteiras recomendadas de fundos imobiliários (FIIs) para o mês de julho, com foco em “renda” e “ganho de capital”, mostra um relatório enviado a clientes.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou maio com uma variação de -1,04%, reduzindo os ganhos acumulados no ano para +1,08%.

“Diante desse cenário conturbado, a Carteira Renda fechou o mês com variação de -1,89%, pouco mais de 1 ponto percentual abaixo do IFIX, e a Carteira Ganho com queda de 3,04% (-2,01 p.p.), perdendo a gordura adquirida durante o ano”, destacou André Oliveira, analista do BB Investimentos.

A maior pressão sobre a Carteira Ganho de Capital pode ser atribuída à deterioração do cenário macroeconômico e à forte abertura da curva de juros, historicamente mais correlacionada com os fundos de tijolo.

No ano de 2024, a Renda segue superando o IFIX em 3,25 p.p., com +4,33%, enquanto a Ganho de Capital segue positiva em +0,33%, mas perdendo do IFIX em -0,75 p.p.Vc

Mudanças nos FIIs

Entre os destaques negativos do mês, os fundos da RBR foram notórios. O RBR Logística (RBRL11) caiu 6,6%, apesar de ter um portfólio de qualidade e anunciar novas locações que zerariam a vacância do fundo a partir de setembro.

“Contudo, o RBRL contava com um desconto de despesas financeiras até este mês, o que deve se contrapor com as novas locações anunciadas. Diante dessa falta de perspectiva de incremento no resultado do fundo, optamos por substituí-lo pelo Guardian Real Estate (GARE11)”, explicou o analista.

O GARE11 iniciou suas atividades em janeiro de 2021 como um fundo puramente logístico, mas passou recentemente por uma transformação para se tornar um fundo híbrido, mantendo contratos longos e inquilinos de qualidade.

“Agora, são 6 inquilinos com 25 ativos, sendo 50% em galpões logísticos e 50% em renda urbana. O fundo negocia com desconto de 5% sobre o Valor Patrimonial e proporciona um dividend yield em torno de 11%, bem atrativo dado o patamar de Selic”, observou Oliveira.

Fonte: BB Investimentos

Outro fundo da RBR, o RBR Alpha (RBRF11), recuou 6,9% no mês. O fundo, que tem uma estratégia de alocação em FIIs de tijolo e/ou ativos reais para aumentar o potencial de ganhos de capital, perdeu atratividade devido ao atual patamar de dividend yield e à abertura da curva de juros.

“Optamos por retirar o RBRF11 da Carteira Ganho de Capital para dar lugar ao Fator Verità (VRTA11), que traz maior proteção para a carteira nesses momentos mais voláteis”, explicou o analista.

O VRTA11 é um fundo da gestora Fator com um longo histórico desde 2011 e uma carteira diversificada de 58 ativos, entre CRIs e FIIs. “A boa diversificação e o bom carrego devem se refletir em manutenção de bons dividendos à frente”, ressaltou Oliveira.

O Vinci Shoppings (VISC11) também foi excluído da Carteira Ganho. Apesar de seu bom desempenho histórico, o fundo foi penalizado pelo elevado patamar de alavancagem e a perspectiva de redução dos dividendos no segundo semestre. “Em seu lugar, optamos pela volta do Bresco Logística (BRCO11), que apresentou queda na cota e voltou a negociar com desconto”, disse o analista.

O BRCO11, que fez uma emissão recente e adquiriu ativos estratégicos como o Bresco Osasco e o Bresco Murici, possui um excelente portfólio com proximidade aos grandes centros de consumo e inquilinos de alto padrão.

“O fundo ainda tem como pontos fortes a proximidade com os grandes centros de consumo, 85% dos inquilinos classificados como grau de investimento e vencimentos longos ajustados por IPCA”, detalhou Oliveira.

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