O Itaú BBA recomendou a compra das ações da 3R Petroleum (RRRP3), destacando o potencial significativo da empresa após a fusão com a Enauta (ENAT3) em um relatório chamado “Não me chame de Júnior”.
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No documento assinado pelos analistas Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim, o banco revisou suas estimativas para a 3R, atualizando o preço-alvo para R$ 47 por ação até o final de 2025. O potencial de valorização é de 74%.
A recomendação é baseada em um cenário promissor de geração de caixa e na capacidade da empresa de superar os desafios da integração.
Nova empresa
Após a fusão, a nova 3R Petroleum, que ainda mantém esse nome temporariamente, deve alcançar uma produção superior a 110 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) em 2025. A empresa passa a contar com uma diversidade de ativos onshore e offshore, diferentes maturidades de campos, exposição aos mercados de petróleo e gás, além de blocos de exploração e ativos mid-downstream.
Isso posiciona a 3R muito além do status de uma empresa júnior, conferindo à nova equipe de gestão uma ampla gama de opções para gerenciar os ativos de forma eficiente e criar valor para os acionistas.
Nos próximos meses, a 3R revisará seu planejamento estratégico para definir as prioridades de alocação de capital e otimizar seu portfólio de ativos. Isso pode resultar em ajustes no capex em diversos campos, bem como na possível alienação de ativos não essenciais para focar nos três campos principais: Atlanta, Papa Terra e Potiguar. Conforme os analistas, a empresa pode enfrentar desafios durante a fase de integração, mas ainda assim é esperado que o fluxo de caixa livre para os acionistas (FCFE) atinja níveis atraentes nos próximos anos.
Salto no rendimento da 3R
Em 2024, o Itaú BBA projeta que a 3R Petroleum negociará com um rendimento de 3% no FCFE, mas esse valor deve saltar para um expressivo 29% em 2025, segundo o cenário-base do banco. Mesmo em um cenário em que a produção fique 10% abaixo das estimativas de 1P, os analistas calculam um rendimento de 23% no FCFE para 2025, o que permitiria à 3R reduzir seus custos com dívida ao mesmo tempo em que distribui dividendos.