Uma nova análise do Goldman Sachs aponta que ações da Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11) têm potencial de valorização superior às taxas de juros atuais, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (24). Os analistas Jorel Guilloty e Igor Machado destacam quatro motivos principais para acreditar na força dessas empresas, reiterando a recomendação de compra apesar da redução das metas de preços para R$ 28 (Multiplan) e R$ 24 (Iguatemi).
Os especialistas apontam que o retorno positivo do IGP-M, índice usado para reajuste de aluguéis, será um grande impulsionador do crescimento das receitas a partir de 2025. Além disso, o recorde de contratos assinados em 2023 indica aumentos reais de aluguel já programados. Outro fator destacado é a alta ocupação dos shoppings das empresas, próximas a níveis históricos, o que reforça seu poder de precificação.
Por último, destacam a redução dos custos de ocupação, abrindo espaço para aumento das receitas com aluguel. Embora preocupações macroeconômicas como desaceleração nas vendas estejam presentes, o Goldman Sachs enfatiza que a exposição predominante dos shoppings a consumidores das classes A e B mitiga consideravelmente esses riscos.
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Veja o que esperar da Iguatemi e Multiplan
• IGP-M positivo é o ponto de inflexão para os aluguéis em 2025. Após períodos negativos, o IGPM voltou a ser positivo em janeiro de 2025, alcançando 6,75% acumulado em 12 meses. Segundo Guilloty e Machado, “isso deve gerar uma aceleração material nos aluguéis em 2025”, beneficiando diretamente Iguatemi e Multiplan.
• Alta rotatividade de contratos impulsionará receitas futuras. Em 2023, Multiplan atingiu uma rotatividade recorde de 9%, quase o dobro da média pré-pandemia, enquanto Iguatemi também registrou volumes recordes. “Esses contratos terão reajustes reais já a partir do próximo ano”, reforçam os analistas.
• Ocupação próxima ao pico histórico reforça demanda. Iguatemi registrou 97,7% de ocupação no quarto trimestre de 2024, segundo maior nível histórico. Para Guilloty e Machado, “essa alta taxa de ocupação reflete a atratividade dos shoppings das empresas, sustentando forte poder de precificação sobre aluguéis futuros.”
• Redução dos custos de ocupação abre espaço para reajustes. Os custos de ocupação caíram significativamente, chegando a 12,8% para Multiplan e 11,1% para Iguatemi. Isso cria um ambiente favorável para aumento dos aluguéis sem pressionar excessivamente os lojistas, explica o banco.
• Consumidores classe A e B reduzem riscos macroeconômicos. Com 88% (Iguatemi) e 76% (Multiplan) de exposição às classes mais altas, as empresas estão relativamente protegidas contra retrações mais severas do consumo, destacam os analistas, citando estudos da ABRASCE.
• Desempenho histórico sustenta confiança. Historicamente, as vendas nos shoppings de Multiplan e Iguatemi superam consistentemente o consumo geral das famílias brasileiras, especialmente durante ciclos econômicos negativos, o que fortalece ainda mais a perspectiva otimista.