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5 coisas que eu gostaria de saber sobre dinheiro aos 18 anos

por Ricardo Pereira
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A vida é uma grande escola. Embora esta frase seja muito “manjada”, nada é mais verdadeiro em se tratando de aprendizado. Acontece que, infelizmente, muitas coisas que sabemos hoje não são tão claras na juventude, período importante quando, por falta de experiência, acabamos cometendo erros que nos acompanham por um longo tempo.

Conversando com um amigo de longa data, abordei essa questão: como estaríamos hoje se, no início de nossas carreiras, tivéssemos algum conhecimento mais profundo e prático sobre como lidar com o dinheiro?

Certamente poderíamos ter evitado algumas dores de cabeça, foi o que pensamos. Eu mesmo acabei seguindo por um caminho mais seguro e controlado, mas a realidade de muitos é bem diferente. Há muita coisa que seria (muito) melhor conhecer desde cedo, principalmente informações importantes e dicas que podem transformar a percepção sobre a real importância do dinheiro em nossas vidas.

Para promover um debate franco e direto sobre o tema e oferecer a quem está no início da fase adulta mais elementos sobre nossa relação com o dinheiro, separei 5 dicas importantes que eu mesmo gostaria de saber quando tinha 18 anos. Acompanhe:

1. Temos mais tempo do que imaginamos

Quando estamos no início da fase adulta, costumamos ser afobados, queremos tirar rapidamente os problemas da frente para resolver tudo que é preciso da maneira mais ágil possível. Infelizmente, quando o assunto é dinheiro, a rapidez costuma ser sinônimo de decisões equivocadas.

Um bom exemplo disso é a relação que costumamos ter, no início da vida, com o consumo e também com os financiamentos. Na maioria das vezes, compramos coisas em condições não vantajosas simplesmente porque não queremos esperar.

Desde cedo precisamos aprender a lidar com o consumo de forma consciente e compreender que ainda existe muito tempo pela frente para aquisições e conquistas de todo tipo. O ponto central é que as decisões podem ser tomadas com calma sem afobamento ou comprometimento das finanças.

Leitura recomendada: Curto prazo? Longo prazo?

2. Nunca é cedo demais para cuidar do dinheiro

Quando somos jovens, guardar dinheiro é algo que costumamos não fazer; e pior, não consideramos isso algo importante. Esse é um dos piores erros que os jovens costumam fazer, pois quando criamos o hábito ainda na juventude de poupar e investir essa atitude se torna algo normal, um hábito capaz de mudar muita coisa no futuro.

O jovem precisa entender que cuidar do dinheiro é mais do que um dever; trata-se, isso sim, de um grande trunfo para o futuro. Isso sem contar que a educação financeira também é um grande diferencial, principalmente em um país como o Brasil.

Quando percebemos cedo a importância de criar uma reserva para emergências e tomar os cuidados necessários para conquistar patrimônio, enxergamos o verdadeiro papel do dinheiro: um instrumento de liberdade e qualidade de vida, não um escravo do consumo e da ostentação. Quanto mais cedo perceber isso, melhor!

3. Planejamento financeiro é um benefício, não “coisa de gente rica”

Quem aprende a importância de realizar o planejamento financeiro na juventude, começa a enxergar a organização financeira como aliada na realização de sonhos e metas de vida de todo tipo. Um dos principais mitos derrubados ao entender essa dinâmica é o de que só consegue investir quem possui renda elevada ou é rico.

Planejar, adiar decisões de consumo e investir são atitudes que costumam tirar as pessoas da zona de conforto, e isso é essencial para amadurecer e crescer. Ficar frente a frente com a realidade nos força a lidar com as contas de forma honesta, sem expectativas falsas e menos impacto das pressões sociais.

Planejamento é para todo mundo, e é um dos grandes aliados do verdadeiro sucesso financeiro. Como muitas outras coisas na vida, quanto antes compreendermos seu papel e importância, melhor e mais fácil será transformar isso em um hábito.

Ferramenta recomendada: Planilha gratuita de controle financeiro

4. Dinheiro é importante, mas é apenas uma ferramenta

Claro que ganhar dinheiro é bom, mas isso só faz sentido quando conseguimos aproveitá-lo de verdade. É o que o dinheiro proporciona que é relevante, não seu aspecto monetário ou a dúvida sobre quem tem a conta corrente mais cheia. Logo, seu dinheiro só vai valer de verdade se for cuidado com carinho e usado em coisas que fazem sentido para você.

Neste sentido, o dinheiro é uma ferramenta e, portanto, precisa ser cuidado e usado com auxílio de investimentos, controles e metas. E quais são os melhores investimentos? Felizmente, não existe uma resposta única para essa questão.

Se o dinheiro é uma ferramenta, o melhor investimento em determinado momento pode ser melhorar a qualificação para desempenhar uma profissão; pode ser abrir um negócio próprio; pode ser aproveitar a juventude para investir no mercado de ações.

Para cada realidade, uma resposta diferente, mas com o conceito em mente: dinheiro como instrumento, ferramenta de liberdade. O investimento é parte da estratégia criada para colocá-lo para trabalhar por você e, assim, permitir que você realize seus sonhos. Logo, não importa o quanto você tem, mas como lida com o que você tem.

5. Desejos de consumo sempre existirão e custarão cada vez mais

Durante a juventude, principalmente quando entramos no mercado de trabalho, somos bombardeados por comerciais e opções de consumo de toda espécie. Carro, celular, roupa, gadgets, há muita coisa que “descobrimos” serem objetos de desejo quando recebemos o primeiro salário.

Queremos comprar um carro para sair com os amigos ou para “esticar por aí” no final de semana com aquela pessoa especial, miramos os instintos naquele smartphone sensacional que todos já possuem, queremos comprar as roupas da moda para “fazer parte da turma” e por aí vai.

Os gastos rapidamente se tornam uma constante e ainda precisamos, nesse meio tempo, lidar com o crédito, principalmente com o cheque especial e o rotativo do cartão do cartão de crédito (usado quando pagamos o mínimo da fatura).

Para muitos, a facilidade do crédito se torna um grande problema, afinal, os juros são excessivamente altos e quando percebemos isso, geralmente já contraímos uma dívida relativamente grande e que nos acompanhará por um bom tempo. Grande parte para satisfazer desejos de consumo que nem sabíamos que tínhamos.

O jovem deve aprender que, mais do gastar, é fundamental investir e conquistar. É possível ter tudo o que desejamos, desde que no tempo e da maneira certa. Ou seja, devemos tomar nossas decisões financeiras com base nas possibilidades reais e a prioridade, desde cedo, deve ser investir e criar as condições necessárias para um futuro mais rico e feliz.

Leitura recomendada: 7 Livros para aprender a controlar suas finanças e investir

Conclusão

Mesmo seguindo à risca as recomendações do texto, não tenho ilusões de que muitos erros continuarão acontecendo para os jovens, afinal errar faz parte do aprendizado e é importante. Sim, é errando que se aprende!

A questão a ser pensada a partir deste texto é dura: no Brasil, grandes erros financeiros podem ser fatais. Uma compra mal planejada pode, rapidamente, se tornar uma dívida complicada, que capaz de crescer exponencialmente e atrapalhar a vida por muito tempo.

Se você é jovem ou conhece alguém nesta etapa da vida, perto dos seus 18 anos, compartilhe este material. Ninguém enriquece de verdade sem dar ao dinheiro a real importância em sua vida, e quanto antes isso acontecer, melhor. Até a próxima!

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