Há alguns dias, eu estava conversando com uma amiga sobre a tão sonhada independência financeira, que é aquela renda passiva (que não depende de trabalho) capaz de manter o padrão de vida desejado ou suficiente para uma vida agradável.
Ela se mostrou um tanto cética quanto ao assunto. Disse que é lindo na teoria, mas praticamente impossível de se alcançar. E como ela, há muitas outras pessoas que não conseguem ver uma forma de gerar riqueza além de seus trabalhos sistemáticos e sua renda praticamente estagnada.
Então resolvi escrever este texto, que traduz partes de minha longa conversa com ela, e que penso ser útil para você ou algum conhecido seu (fique à vontade para compartilhar).
A relação trabalho x dinheiro
Não há como fugir disso: para você gerar recursos financeiros, você tem que trabalhar. Não vou considerar aqui as exceções, como o caso de pessoas que já nasceram numa família muito rica (herdeiros) ou aquelas poucas e sortudas que ganharam algum grande prêmio. Vamos falar da realidade da maioria.
Trabalhar é uma relação de troca. Nela você coloca o seu tempo e as suas habilidades em troca de dinheiro. Para isso, é necessário algum tipo de esforço de nossa parte, seja físico, intelectual ou os dois.
Quando nos esforçamos para desempenhar alguma tarefa, estamos gastando nosso tempo – que é sem dúvida um bem muito precioso, uma vez que é finito. Podemos transformar isso numa equação simples:
TRABALHO x TEMPO = DINHEIRO
Vejamos estas três situações:
a) Se você é “obrigado” pelas circunstâncias a se esforçar e gastar tempo para gerar renda em atividades que você não gosta, então você é praticamente um “escravo” moderno. É provável que com o passar do tempo, você se sinta cada vez mais desgostoso em relação à vida, e seu mau humor ainda irá contaminar as pessoas que convivem com você.
b) Se você é “obrigado” pelas circunstâncias a se esforçar e gastar tempo para gerar renda em atividades que você gosta, então você continua sendo uma espécie de “escravo” moderno, porém feliz. Você provavelmente irá se acostumar com esta situação e terá uma vida razoavelmente boa, com possíveis altos e baixos financeiros, mantendo uma boa convivência com as pessoas.
c) Agora, se você não é “obrigado” a se esforçar e nem a gastar o seu tempo para gerar renda, então você é uma pessoa praticamente “livre”, e poderá usar seu tempo e seus esforços da maneira como desejar (inclusive para gerar dinheiro), mas sem as “obrigações” impostas pela vida. Isso é independência financeira.
Em qual destas opções você se enquadra? O objetivo é estarmos todos “livres”, mas para alcançar a independência financeira só há um modo: através dos investimentos, pois eles são capazes de gerar renda para você sem o seu esforço (e seu tempo).
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Investir, o segredo (revelado há muito tempo) para você alcançar sua liberdade
Investir é a melhor forma para você acelerar o seu enriquecimento, mas para investir você precisa ter uma quantia de dinheiro separada para isso, e as pessoas em geral (como a minha amiga) não têm.
Para resolver esse problema, entenda que independente de quanto ganha, você precisa separar uma parcela da sua renda para investir. Se não fizer isso, nunca irá formar nem aumentar o seu patrimônio.
E para conseguir separar esse dinheiro, você tem que viver com menos do que você ganha. Essa é uma prática difícil numa sociedade consumista, mas se você realmente quiser, vai dar um jeito de se acertar e envolver sua família nesse projeto.
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Mas para quem já poupa, já investe, e ainda assim tem a sensação de que a coisa está indo muito devagar, então o que precisa ser feito é uma “reforma” no planejamento financeiro, e para isso temos umas algumas “ferramentas”.
Ferramentas para alcançar a independência financeira
Sendo você um investidor ou não, essas 6 ferramentas serão sempre úteis na sua vida financeira:
- Tempo (é finito);
- Habilidades físicas e intelectuais (geram valor para a sociedade);
- Esforço (faz as coisas acontecerem);
- Planejamento (ajuda nos objetivos de curto, médio e longo prazo);
- Investimentos (aumentam o patrimônio);
- Conhecimento (permite executar tarefas).
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Há várias outras, mas estas são suficientes. Vamos às aplicações práticas:
1. Administre bem o seu tempo
Quanto mais cedo você colocar suas finanças em ordem e se tornar um investidor, mais o tempo será seu “amigo”. Os juros compostos usam o tempo como “combustível” para devolverem ótimas quantias de dinheiro para você, e sem esforço.
2. Analise suas habilidades físicas e intelectuais e pense no quanto elas são importantes para a sociedade
Qual o valor que as pessoas e empresas percebem naquilo que você faz? Quanto maior o valor percebido, maior o pagamento. Portanto, alinhe suas habilidades com aquilo que você gosta de fazer, e com aquilo que a sociedade valoriza. Isso é importante para melhorar sua felicidade no trabalho e aumentar sua renda.
3. Você realmente tem se esforçado o suficiente para desempenhar bem o seu trabalho?
O que você tem feito para melhorar as suas habilidades (item anterior)? O esforço é energia que faz as coisas acontecerem na sua vida. É neste ponto que gosto de encaixar estas duas palavras mágicas: disciplina e consistência. Pratique isso se quiser alcançar seus objetivos.
4. Defina junto com sua família o quanto vocês irão gastar e o quanto irão poupar, todos os meses, para alcançar seus objetivos
A independência financeira é o maior deles, mas é um objetivo de longo prazo. Outra palavrinha importante: paciência. Siga o planejamento e cuidado para não se auto sabotarem no meio do caminho, se rendendo aos apelos de consumo e status social.
5. Dedique tempo para estudar e aprender sobre novas formas de investimento
Explore o mercado financeiro (títulos públicos ou bolsa de valores, por exemplo), o mercado imobiliário e também outros tipos de negócios, preferencialmente que não dependam da sua presença. Pense em multiplicação do dinheiro poupado e lembre-se que maiores retornos envolvem maiores riscos.
6. Não tenha preguiça de estudar
Para executar todos os pontos anteriores você precisará de conhecimentos específicos, que na maioria das vezes estão disponíveis através de livros e também em sites, como o Dinheirama, que são totalmente gratuitos.
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Conclusão
Como você pôde observar, o caminho da independência financeira está ao alcance de muitos. Não é uma tarefa simples, mas também não é algo impossível ou coisa de gente “especial”, diferente, como a maioria pensa.
E se você não quiser pagar o preço envolvido neste processo, ou não puder fazê-lo por conta de situações de força maior, se tão somente você praticar algumas dessas ferramentas citadas na sua vida, muitas coisas irão melhorar. Pense nisso. Até a próxima!