O mercado financeiro global negocia a um prêmio de aproximadamente 5% em relação aos níveis do múltiplo preço sobre lucro (P/L) do índice ACWI, acompanhado pelo ETF (ACWX), enquanto por aqui a história é outra.
Segundo o Itaú BBA, o Brasil parece estar subvalorizado com base em diversas métricas.
Além do múltiplo P/L do índice convencional de 8,1 vezes, um desconto de 19% em relação ao histórico, outras cinco métricas também apontam para esta avaliação.
1 – O Brasil oferece uma diferença de rendimentos acima da média em comparação com as taxas nominais de 10 anos (1,9%) quando comparadas ao seu nível histórico (0,3%);
2 – O Brasil negocia com desconto de 34% em relação aos mercados emergentes (comparado a um desconto médio histórico de 8%);
3 – O múltiplo preço/lucro futuro de 12 meses do Ibovespa (IBOV), excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), mostra que o índice continua descontado, sendo negociado a 10 vezes o P/L, o que está próximo de um desvio padrão abaixo da média histórica;
4 – Difusão por setor: 85% das ações estão sendo negociadas com desconto em relação aos níveis históricos, com 14 dos 16 setores negociando com desconto.
5 – Tema de difusão por estilo de investimento: Valor e estatais se destacam em termos de descontos, enquanto temas de crescimento e indexados à inflação apresentam desconto menor em comparação às médias históricas.
Sete ações para destacar
Com isso, os analistas Daniel Gewehr, Matheus Marques e Victor Cunha separaram empresas com alto desconto de dois dígitos em relação aos preços históricos, destaques em seus setores e incluídas no portfólio recomendado para o Brasil: Prio (PRIO3), Randon (RAPT4), Localiza (RENT3), Hypera (HYPE3), Direcional (DIRR3), Vivara (VIVA3), Suzano (SUZB3).