Pelo menos um brasileiro foi ferido nos bombardeios em Israel lançados pelo grupo palestino Hamas. Ele está hospitalizado. Na tarde deste sábado (07), a embaixada brasileira em Tel-Aviv também buscava contato com outras duas pessoas que estariam no mesmo local, e podem ter sido atingidas.
O Itamaraty estima que 14 mil brasileiros vivam em Israel e outros 6 mil na Palestina, mas a grande maioria está fora da área afetada pelos ataques.
O total de mortos em Israel já passa de 400, com milhares de feridos, conforme a contagem oficial. Há registros também de militantes infiltrados em território israelense e de pelo menos duas situações de tomadas de reféns.
Em retaliação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu declarou estado de guerra e o país começou a atacar alvos na Faixa de Gaza e pelo menos 230 pessoas morreram no território. A energia também foi cortada em Gaza. As informações são da RTP, Agência Pública de Notícias de Portugal.
O Governo brasileiro convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na qualidade de presidente do colegiado, para deliberar sobre o conflito. O presidente Lula expressou suas condolências aos familiares das vítimas, e reafirmou o repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas.
Disse ainda que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito. Lula também conclamou a comunidade internacional a trabalhar pela retomada imediata das negociações que conduzam a uma solução para garantir a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados.
Repercussão
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também condenou “nos termos mais veementes” o ataque do Hamas a Israel e disse estar consternado com os relatos de que civis foram atacados e raptados em suas casas. Guterrez disse ainda que a violência não vai proporcionar uma solução para o conflito e a paz só poderá ser alcançada com negociações que conduzam a uma solução de dois Estados.
A presidente da União Européia, Ursula Ven Der Leyen, classificou a ação do Hamas como um ato de terrorismo e disse que o bloco está ao lado de Israel, que tem o direito de se defender.
Declaração semelhante foi dada pelo presidente Norte-americano Joe Biden que acrescentou que os EUA estão prontos para apoiar Israel.
Já os 22 países da Liga Árabe apelaram pelo fim imediato das operações militares na Faixa de Gaza e advertiram que o ciclo de confrontos armados afasta qualquer oportunidade de garantir a estabilidade e a paz na região num futuro próximo.
Rádio Agência Nacional, Com informações da RTP, Agência Pública de Notícias de Portugal e da Agência Brasil.