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Ataques do Hamas são “11 de setembro” de Israel, diz Ian Bremmer

As reações do presidente Benjamin Netanyahu ao conflito poderão ser comparadas com as tomadas por George W. Bush em 2001

por Gustavo Kahil
3 min leitura

Os ataques do Hamas podem ser comparados ao “11 de setembro de Israel“, avalia Ian Bremmer, presidente da consultoria de riscos Eurasia Group.

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Segundo ele, que disse estar em Nova York em 2001 quando as torres gêmeas foram derrubadas, as reações do presidente Benjamin Netanyahu poderão ser comparadas com as tomadas por George W. Bush.

“Sim, a estatura política de Bush cresceu logo após, mas foi um desastre para o país”, lembra.

“Além disso, temos que reconhecer que a resposta dos EUA, a Guerra ao Terror, foi imoderada e causou um dano enorme à posição americana no mundo, e para as vidas de milhões de pessoas, especialmente no Iraque e no Afeganistão, e que ainda sentimos em 2023”.

“Espero que, se algo possivelmente positivo possa vir dessa tragédia humana, é ver se Benjamin Netanyahu e o mundo aprenderam algo sobre as falhas americanas após o 11 de setembro”.

Momento geopolítico

Bremmer lembrou também que o conflito aconteceu enquanto Israel estava em seu momento político mais forte, com a retomada das relações diplomáticas com países da região.

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Para ele, os ataques também podem ser entendidos como suicidas para a atual liderança do Hamas, que seria, então, substituída.

Escalada

O potencial envolvimento de outras forças militares regionais poderia ter enormes implicações de segurança. Israel sente uma ameaça indireta do Irã, que apoia o Hamas, de vários lados.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã disse que os ataques “provaram que o regime sionista está mais vulnerável do que nunca e que a iniciativa está nas mãos da juventude palestina”, disse o porta-voz do governo, Ali Bahadori-Jahromi, à agência de notícias estatal IRNA.

Hezbollah

Notícias sobre os disparos de artilharia de Israel contra o sul do Líbano no domingo, depois que o Hezbollah atacou três posições militares israelenses nas disputadas Fazendas Shebaa, pode sinalizar a entrada do partido armado libanês ao conflito.

Segundo a Reuters, não houve relatos imediatos de vítimas. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse ter lançado foguetes teleguiados e artilharia contra três postos israelenses “em solidariedade” com o povo palestino e aos avanços do Hamas no sábado.

“Os ataques israelitas contra alvos libaneses poderão arrastar o Hezbollah para a guerra, especialmente se as FDI (Forças Armadas de Israel) matarem civis libaneses ou atingirem locais militares associados ao Hezbollah”, afirmou a consultoria Stratfor em uma análise obtida pelo Dinheirama.

“Militantes palestinos no Líbano estabeleceram agora redes capazes de lançar foguetes em pequena escala no norte de Israel”, ressalta a Stratfor. Outros grupos como o “Lion’s Den”, com sede em Nablus, e o PIJ (Palestinian Islamic Jihad), também poderiam aderir ao conflito.

Em um comunicado, a FDI disse que, em resposta a um ataque do Hezbollah do Líbano a Israel, atingiu alvos na área.

“Um UAV das FDI também atingiu a infraestrutura terrorista do Hezbollah na área do Monte Dov”, destacou o texto.

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