A UPS (UPSS34) cortou previsão de receita para 2023 devido à menor demanda por entrega de encomendas compradas via comércio eletrônico, o que fazia suas ações cairem 5,3% antes da abertura dos mercados nos Estados Unidos nesta quinta-feira.
A empresa sofre uma redução de resultado após tumultuadas negociações de contrato de trabalho que geraram a perda de clientes.
A maior companhia de entrega de encomendas do mundo agora espera receita para o ano entre 91,3 bilhões e 92,3 bilhões de dólares, em comparação com uma previsão anterior de cerca de 93 bilhões.
A UPS também reduziu previsão de margem operacional anual ajustada para entre 10,8% e 11,3%, em comparação com estimativa anterior de cerca de 11,8%.
Todo o setor de logística nos EUA está vendo acirramento da disputa por participação de mercado à medida que a demanda por entregas de pacotes do comércio eletrônico enfraquece. A Reuters informou no início deste mês que a UPS e suas rivais, pela primeira vez em anos, têm usado descontos e outros incentivos para manter e conquistar participação de mercado.
“Embora as condições macroeconômicas desfavoráveis tenham impactado negativamente a demanda global no trimestre, nosso contrato de trabalho nos EUA foi totalmente ratificado no início de setembro e o volume que foi desviado durante nossas negociações trabalhistas está começando a retornar à nossa rede”, disse a chefe da UPS, Carol Tomé, em um comunicado.
A UPS, frequentemente vista como um termômetro da economia dos EUA, e outras empresas de logística têm corrido para adequar custos à demanda global, que voltou aos níveis anteriores à pandemia.
A UPS vem cortando postos de trabalho e se apoiando em tecnologia para ajudar a compensar a queda na demanda do comércio eletrônico, a fraca produção industrial e o impacto nos custos de seu novo contrato de trabalho.
A empresa teve lucro ajustado por ação de 1,57 dólar no trimestre até setembro, em comparação com estimativa média de analistas de 1,52 dólar, de acordo com dados da LSEG.