O fundo Climate Finance Partnership (CFP), administrado pela BlackRock, fará sua primeira incursão na América Latina com a aquisição de uma participação minoritária na Brasol, uma empresa brasileira de energia renovável, anunciou a BlackRock nesta sexta-feira.
A participação será “perto de 50%”, disse a gerente de portfólio da carteira Anmay Dittman, acrescentando que o investimento será um “caso de teste” para futuras transações na região.
“Estamos muito entusiasmados por ter um pequeno enclave na América Latina e esperamos encontrar muitos outros ótimos investimentos”, disse Dittman, em entrevista coletiva.
O CFP, um fundo público-privado que tem parceria com os governos francês, alemão e japonês, bem como com algumas organizações sediadas nos EUA, visa infraestruturas climáticas de mercados emergentes.
A CFP não divulgou o valor pago pela participação, mas o CEO da Brasol, Ty Eldridge, disse que a injeção de dinheiro ajudará a empresa em seu plano de 1 bilhão de reais para aumentar a sua capacidade de geração de energia.
A Brasol fornece infraestrutura de transição energética — incluindo energia renovável, subestações e equipamentos de mobilidade elétrica — para clientes comerciais e industriais no Brasil por meio de contratos de arrendamento de longo prazo.
A companhia planeja aumentar sua capacidade de geração em 200 megawatts nos próximos 18 meses, disse Eldridge.
Embora a energia solar, o “pão com manteiga” da empresa, seja o foco principal, a Brasol também está estudando outras tecnologias, como o abastecimento de veículos elétricos, disse Eldridge.
“Não posso dizer para onde vai cada dólar”, disse ele. “Mas certamente irá para este amplo portfólio de ativos de transição energética e será certamente mais do que apenas energia solar.”