Na última terça-feira (11), o Google anunciou oficialmente por meio de seu blog a aquisição do Waze, um aplicativo de GPS para smartphones. Os valores da negociação não foram divulgados, mas especulações apontam uma quantia próxima de US$ 1,3 bilhão (R$ 2,6 bilhões).
Ainda em seu comunicado oficial, o Google ressaltou que a compra da empresa acabou acontecendo com foco em seu próprio serviço de mapas. Entende-se, então, que o Google Maps terá, futuramente, algumas incorporações das principais características do aplicativo.
No entanto, a equipe responsável pelo desenvolvimento do app continuará com suas operações normalmente, tendo o Google como um forte apoio para crescimento e fonte de recursos para inovação.
“O time do Waze segue em Israel e operando separadamente por enquanto. Estamos animados para melhorar o Google Maps com algumas das características de trânsito oferecidas pelo Waze e em melhorar o Waze com a capacidade de busca do Google”, explicou a publicação oficial do blog do Google.
Por que o Google comprou o Waze?
O grande diferencial do aplicativo de GPS do Waze é que ele usa sinais de satélite para gerar mapas com informações de condições de tráfego. Os dados podem ser compartilhados com amigos e pessoas geograficamente próximas, oferecendo informações em tempo real.
Assim, o usuário pode receber notificações da comunidade sobre acidentes, blitz, perigos, radares, vias bloqueadas, acidentes e mais. Mais do que isso, o app ainda oferece recursos integrados com o Foursquare (check-in) e com o Facebook, que possibilita navegação com um toque para eventos e visualização de amigos dirigindo para o mesmo local.
Certamente podemos esperar essas vantagens para estreitar o relacionamento do Google+ com o Google Maps.
Além dessas características diferenciadas, o Google também se interessou pela comunidade ativa que utiliza a tecnologia – descrita no comunicado como “DNA do app”.
Disputa entre gigantes da tecnologia
A geolocalização deixou de ser promessa e passou a ser uma grande tendência entre aplicativos de smartphones. É claro que os gigantes da tecnologia – Apple, Facebook e Google – perceberam a importância de investimentos na área e a aquisição de uma grande inovação como o Waze passou a ser uma questão de competição.
O Google mais uma vez se consagrou campeão dessa disputa. No final de maio, o Facebook já havia anunciado a desistência da compra da empresa israelense, adiando ainda mais possíveis inovações em um sistema de mapas que fosse capaz de competir com os outros gigantes.
A Apple também descartou a compra da ferramenta, apesar de que seu serviço de mapas seja um dos principais alvos de críticas dos usuários do iOS.
Obviamente, o próprio Waze também tem papel fundamental nessa nova parceria. Noam Bardin, CEO da empresa, afirma que a marca, a comunidade e os serviços continuarão sendo os mesmos.
“O Google está empenhado em nos ajudar a alcançar nosso objetivo comum e fornecer-nos, com independência, os recursos que precisamos para ter sucesso. Nós avaliamos muitas opções e acredito que o Google é o melhor parceiro para o Waze”, reforçou Bardin.
Fontes: InfoMoney | TechTudo | INFO. Foto: reprodução.