O GPA (PCAR3) registrou no terceiro trimestre um prejuízo líquido de 1,3 bilhão de reais, ante perda de 296 milhões de reais um ano antes, em desempenho afetado pela conclusão da segregação da unidade colombiana Éxito, embora receitas e margens da operação no Brasil tenham crescido no período, o que se refletiu no Ebitda.
De acordo com o varejista brasileiro, a última linha do balanço foi pressionada pela conclusão da segregação do Éxito em agosto, com efeitos não recorrentes e não caixa somando quase 2,1 bilhões de reais.
A empresa citou, entre eles, a efetivação da entrega das ações aos acionistas do GPA e “um remensuração da parcela remanescente no montante líquido da baixa do investimento”.
O lucro líquido das operações continuadas somou 809 milhões de reais, revertendo prejuízo de 229 milhões de reais no mesmo período do ano passado, conforme a receita bruta cresceu 9,9%, para 5,1 bilhões de reais, com alta de 1,3 ponto percentual na margem bruta, para 25,1%.
A receita líquida cresceu 9,7% no trimestre frente a igual etapa de 2022, para 4,7 bilhões de reais, enquanto as vendas mesmas lojas apresentaram um aumento de 6,6% no terceiro trimestre.
“Um ano e meio após o início do processo de ‘turnaround’, registramos forte crescimento das vendas mesmas lojas, com destaque para o Pão de Açúcar e Proximidade, com ganhos contínuos de market share em todos os formatos e forte aceleração do e-commerce”, disse o presidente-executivo do GPA, Marcelo Pimentel.
“Chegamos ao quarto trimestre, o período do ano mais importante para o varejo de alimentos, ainda mais motivados e engajados com o plano estratégico que traçamos e com os resultados consistentes que temos alcançado”, afirmou o executivo no material da divulgação do balanço.
CNOVA
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou 1,1 bilhão de reais, ante 197 milhões de reais no terceiro trimestre do ano passado, com a margem saltando de 4,6% para 24% entre os períodos.
De acordo com o GPA, tal performance foi ajudada pela efeito não recorrente e não caixa de 804 milhões de reais com reversão da provisão de resultados negativos acumulados da Cnova. O Ebitda ajustado das operações no Brasil, que exclui esse efeito, somou 333 milhões de reais, com margem de 7%.
Nos três meses até o final de setembro, o varejista apresentou um fluxo de caixa livre de 169 milhões de reais, revertendo o consumo de 624 milhões de reais um ano antes.
A dívida líquida, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados, alcançou 3 bilhões de reais, redução de 507 milhões de reais ante o mesmo período do ano anterior.