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Dólar à vista fecha em baixa de 1,34%, a R$ 4,97 na venda

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9731 reais na venda, em baixa de 1,34%.

por Reuters
(Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)

O dólar (USDBLR) à vista recuou mais de 1% nesta quarta-feira e voltou a encerrar uma sessão abaixo dos 5 reais no Brasil, com as cotações acompanhando a queda da moeda dos EUA no exterior em meio a alívio nas taxas de juros dos títulos norte-americanos, em dia de decisão de política monetária no Fed e também no Banco Central do Brasil.

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O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9731 reais na venda, em baixa de 1,34%. Este foi o maior recuo percentual em um único dia desde 10 de outubro, quando o dólar caiu 1,47%. A cotação de fechamento desta quarta-feira é a menor desde 25 de setembro, quando a divisa dos EUA encerrou a 4,9669 reais.

Na B3, às 17:15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,36%, a 4,9865 reais.

A moeda norte-americana à vista oscilou em queda no Brasil durante praticamente toda a sessão. Às 9h06, ela marcou a cotação máxima de 5,0464 reais (+0,12%), mas rapidamente migrou para o negativo em sintonia com o exterior.

Lá fora, o dólar também cedia ante boa parte das divisas de países emergentes e exportadores de commodities em função da queda dos rendimentos dos Treasuries.

O movimento era motivado por novos dados sobre a economia norte-americana: o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que foram abertos 113.000 empregos em outubro no setor privado, ante 89.000 empregos adicionados em setembro.

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Apesar da aceleração na margem, economistas consultados pela Reuters previam a criação de 150.000 postos de trabalho em outubro.

Dólar
(Imagem: unsplash/Alexander Grey)

Os números do ADP contribuíram para uma percepção mais positiva sobre o controle da inflação nos EUA, o que pesou sobre os yields e sobre o dólar.

Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou planos para aumentar o tamanho de seus leilões de dívida, mas “gradualmente”, em movimento que não pressionou os mercados como em um anúncio anterior.

“O Tesouro dos EUA mudou as emissões, pressionando menos a parte longa da curva (de juros norte-americana). E tivemos os dados da economia. Isso ajudou a retirar parte da pressão da curva”, comentou Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.

Durante a tarde, a decisão de política monetária do Federal Reserve ampliou o viés de baixa para a curva de juros norte-americana.

O Fed anunciou a manutenção de sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, como esperado, mas deixou a porta aberta para outro aumento no futuro, se necessário.

Ao mesmo tempo, destacou as condições financeiras mais restritivas enfrentadas pelas empresas e pelas famílias — o que está em sintonia com a leitura de que o avanço dos yields pode já estar atuando para controlar a inflação no EUA, dispensando novas elevações de juros.

“A avaliação é de que a subida recente dos (rendimentos dos títulos de) 10 anos, de alguma forma, traz um aperto adicional nas condições financeiras e ajuda no serviço de controle (da inflação nos EUA). A consequência disso é que moedas estão se fortalecendo ante o dólar no resto do mundo”, pontuou Lima, ao avaliar os efeitos da comunicação do Fed sobre a relação entre dólar e real.

(Imagem: Reprodução/Freepik/@pvproductions)
(Imagem: Reprodução/Freepik/@pvproductions)

Após a decisão do Fed, o dólar renovou mínimas ante a divisa brasileira. Às 16h32, o dólar à vista marcou a mínima de 4,9684 reais (-1,43%).

O recuo esteve em sintonia com o dólar index que reflete a relação da divisa norte-americana ante outras moedas fortes e, após o Fed, zerou os ganhos registrados ao longo do dia.

Às 17:15 (de Brasília), o índice do dólar operava estável, a 106,670.

No fim da tarde, os agentes de mercado aguardavam pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para depois das 18h30.

A expectativa é de que o BC corte a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano, em sintonia com as comunicações mais recentes da autarquia.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de janeiro.

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