A Jordânia anunciou nesta quarta-feira que chamou de volta seu embaixador em Israel e disse ao embaixador israelense para se afastar, em protesto contra o bombardeio israelense em Gaza, afirmando ainda que os ataques mataram inocentes e causaram uma catástrofe humanitária.
O embaixador jordaniano só regressaria a Tel Aviv se Israel suspendesse a guerra contra o enclave e pusesse fim à “crise humanitária que causou”, disse o ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi.
“Isto é para expressar a posição da Jordânia, que rejeita e condena a guerra israelense em Gaza, que mata inocentes e causa uma catástrofe humanitária sem precedentes”, disse Safadi em um comunicado divulgado pelos meios de comunicação estatais.
Safadi afirmou que a decisão também foi tomada porque Israel estava privando os palestinos de alimentos, água e medicamentos, depois de impor um cerco ao enclave após ataque devastador do Hamas no dia 7 de outubro.
O embaixador de Israel na Jordânia, que partiu há duas semanas em meio a protestos, só poderá retornar nas mesmas condições, disse o ministro.
Israel disse lamentar a decisão do governo jordaniano, acrescentando que estava concentrado em travar uma guerra contra o grupo militante Hamas após o ataque sangrento que matou centenas de israelenses.
A Jordânia está intensificando os esforços diplomáticos para pressionar Israel a pôr fim à guerra, que traz “riscos perigosos” de o conflito se espalhar pela região e ameaça a paz global, disse Safadi.