A Pague Menos (PGMN3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2023, que, conforme a Ágora Investimentos, ainda apresentam desafios significativos.
Os números operacionais da empresa continuam fracos, com números negativos, mas estão amplamente em linha com as expectativas.
De acordo com Marcio Osako e José Ricardo Roslen, analistas da Ágora Investimentos, “os números operacionais foram medianos, principalmente devido a uma provável queda na sua margem EBITDA orgânica de quase 0,40 pp no ano, excluindo o ganho do ajuste do Valor Presente (PV) que atingiu o resultado financeiro consolidado em 0,6 pp.”
Desempenho da Extrafarma e margem EBITDA
A receita da Extrafarma permaneceu praticamente estável no trimestre, embora sua margem EBITDA tenha caído 0,7 pp, para 1,8%. Isso se deveu a ganhos sazonalmente mais baixos de aumento de preços.
A relação Dívida Líquida/EBITDA (já incluindo a dívida da Extrafarma) caiu de 4,0x no 2T23 para 2,8x, devido ao aumento de capital de R$ 332 milhões e ao fluxo de caixa positivo.
Visão da Ágora Investimentos
A Ágora Investimentos mantém sua recomendação apenas Neutra para PGMN3, destacando três principais razões. Em primeiro lugar, eles apontam “potencial de valorização limitado”. Em segundo lugar, a alta alavancagem da empresa deve limitar a expansão de lojas em 2024. Por fim, existem riscos de execução relacionados à expansão da margem EBITDA, projetada para atingir 5,4% em 2026, comparada a 4,2% em 2023.
Segundo os analistas Marcio Osako e José Ricardo Rosalen, “PGMN3 está sendo negociada a 16x o múltiplo P/L para 2024.”
Nessa análise, a Ágora Investimentos destaca a complexidade dos desafios que a Pague Menos enfrenta e mantém uma visão neutra sobre a empresa, devido a diversas incertezas e limitações em seu desempenho.