O banco BV encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido recorrente de 285 milhões de reais, queda de 26,2% frente ao mesmo período de 2022, em desempenho pressionado pelo aumento no custo de crédito, que segue impactado pela alta do endividamento e inadimplência das famílias.
Na base sequencial, o lucro líquido recorrente do BV subiu 0,4%, conforme dados divulgados nesta terça-feira.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 9,0%, enquanto o índice de eficiência recuou para 37,1%.
O índice de cobertura ficou em 155% e o índice de Basileia fechou o período em 15,3%.
A carteira de crédito cresceu 8,5%, para 85 bilhões de reais, com o banco chamando a atenção para a expansão de 9,8% em veículos, 6,6% no atacado e 8,1% nas avenidas de crescimento, como os empréstimos com veículo em garantia (EVG) e a carteira de pequenas e médias empresas.
A inadimplência acima de 90 dias atingiu 5,5%, estável em relação ao trimestre anterior. O indicador encerrou o trimestre em 6,7% no segmento varejo, enquanto no atacado permaneceu abaixo da média histórica, encerrando o trimestre em 0,4%.
De acordo com o diretor financeiro do BV, Ronaldo Helpe, as revisões e ajustes na política de crédito implementadas para fazer frente ao cenário econômico adverso já se refletem nos níveis de inadimplência das novas safras, “indicando uma melhora nos indicadores de inadimplência para o final do ano”.
O BV afirmou que manteve 4,8 milhões de clientes pessoas físicas, sendo que 65% da base está conectada ao banco digital.
O banco citou que o engajamento dos clientes, representado pelo volume transacionado (TPV), atingiu 9,6 bilhões de reais, expansão anual de 22,2%, enquanto a parceria com a Méliuz, anunciada em dezembro de 2022 avançou e, ao final do período, foram registradas 280 mil contas digitais BV.