A Americanas (AMER3) anunciou nesta segunda-feira mais um adiamento na publicação de seus resultados financeiros de 2021 e 2022, citando a “tarefa extremamente desafiadora e complexa” de elaboração dos balanços, segundo fato relevante publicado pela companhia responsável por um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país.
As publicações estavam previstas para esta segunda-feira, mas a empresa afirmou necessidade de novo adiamento, agora para “até 16 de novembro”, antes da abertura do mercado.
Os maiores bancos do país estão aguardando há meses a publicação dos balanços auditados da Americanas para avançarem no processo de discussão de um acordo para a dívida bilionária da varejista e eventual aprovação do plano de recuperação judicial.
Na semana passada, executivo do Banco do Brasil, que tem uma exposição de cerca de 1,7 bilhão de reais à empresa, afirmou que é possível que toda a aprovação ocorra apenas em 2024 diante da proximidade do recesso judicial de fim de ano.
Por sua vez, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou na sexta-feira que espera a assinatura de um acordo com a Americanas “ainda este ano” e que as discussões com a empresa nos últimos 40 a 50 dias “caminharam muito bem”.
Nesta segunda-feira, a Americanas afirmou que o trabalho de elaboração das demonstrações financeiras “já está finalizado” e que os procedimentos de auditoria foram “substancialmente concluídos”, mas que ainda não foi possível “cumprir todo o rito interno de aprovação previsto na governança da companhia”.
Na semana passada, a B3 decidiu suspender a Americanas do segmento Novo Mercado, na primeira vez que uma empresa foi suspensa do segmento de mais alto grau de governança da bolsa brasileira.