O senador Tim Scott suspendeu sua candidatura às primárias presidenciais do Partido Republicano para as eleições norte-americanas de 2024 no domingo, após meses gastando recursos de campanha a um ritmo alucinante sem conseguir um avanço significativo nas pesquisas de opinião nacionais.
“Acho que os eleitores, que são as pessoas mais extraordinárias do planeta, deixaram bem claro que estão me dizendo: ‘Agora não, Tim'”, disse Scott à Fox News em uma entrevista na noite de domingo.
Sua saída pode dar um pequeno impulso a outros candidatos que tentam desalojar o líder e ex-presidente Donald Trump do primeiro lugar, como a ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas Nikki Haley.
Nos momentos seguintes à desistência de Scott, dois grandes doadores de sua campanha disseram à Reuters que direcionariam seu apoio para Haley, que, assim como Scott, é natural do Estado da Carolina do Sul.
O único republicano negro no Senado, Scott iniciou sua campanha em maio, prometendo apresentar uma visão otimista e voltada para o futuro dos EUA. Ele buscou se mostrar como um candidato profundamente conservador que era mais capaz de curar as divisões políticas no país do que Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis.
Embora Scott tenha tido um aumento modesto, mas mensurável, nas pesquisas de opinião em alguns Estados nos últimos meses, ele não conseguiu estabelecer um caminho próprio para a vitória em um campo relativamente saturado.
Como outros candidatos, Scott nunca explicou aos apoiadores de Trump por que eles deveriam abandonar o ex-presidente, que ainda é muito querido pela maioria dos eleitores das primárias.
Muitos doadores haviam apoiado Scott em parte porque acreditavam que ele teria grandes chances de derrotar o presidente Joe Biden, caso viesse a ser o candidato republicano. Eles também não têm gostado da atitude frequentemente conflituosa de DeSantis em relação às grandes empresas e da oposição ao envolvimento dos EUA na guerra na Ucrânia.
