Investidores e analistas aguardam com expectativa o anúncio do Planejamento Estratégico da Petrobras (PETR4) para 2024-2029, com a possibilidade de investimentos significativos que poderiam repercutir no fluxo de caixa e na política de dividendos da empresa.
Investimentos e dividendos: a delicada aliança financeira
Segundo Vitor Sousa, analista da genial investimentos, levar o volume de investimentos para casa dos US$100 bilhões tende a pressionar o fluxo de caixa da empresa em termos relevantes pelos próximos dois anos e, consequentemente, o fluxo do pagamento de dividendos por esse período de tempo.
A incerteza sobre o montante e a alocação desses investimentos gera apreensão entre os acionistas.
Cenários e reações do mercado
Os cenários possíveis incluem manter os investimentos nos atuais US$78 bilhões, elevar para US$85 bilhões (cenário realista), ou atingir US$100 bilhões.
A reação do mercado deve ser negativa caso os investimentos alcancem esse patamar mais elevado, refletindo em dividendos inexpressivos e, consequentemente, afetando o rendimento para os acionistas, destaca Sousa.
Fatores adicionais de atenção
Além do volume de investimentos, fatores como a evolução do endividamento bruto da empresa e a possível diversificação de investimentos fora do core business da Petrobras impactam as projeções.
A Genial Investimentos ressalta que, por enquanto, prefere exposição a cases privados de petróleo, mantendo um olhar cauteloso diante das incertezas.
Simulações e perspectivas futuras
Com simulações baseadas nos diferentes cenários de investimentos, a Genial Investimentos destaca que, se confirmados os US$100 bilhões, os dividendos tendem a ser impactados negativamente.
O mercado aguarda, portanto, não apenas os números exatos de investimentos, mas também a estratégia da Petrobras para os próximos anos, em um setor marcado pela volatilidade e desafios constantes.