O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse nesta terça-feira que havia riscos de que a inflação no Reino Unido pudesse ficar muito alta, mas também viu sinais de que estava no caminho certo para voltar à meta de 2% do banco central.
Falando a parlamentares juntamente com outros membros do Comitê de Política Monetária do BoE, Bailey reiterou a sua mensagem de que a recente queda na elevada taxa de inflação britânica não significa que a batalha contra o crescimento dos preços foi vencida.
“Os riscos, e acho que o comitê está todo reunido nisso, os riscos são para cima”, disse Bailey.
Ele alertou que a falta de trabalhadores no Reino Unido para preencher vagas representava um risco para o futuro crescimento dos preços e que o conflito em Gaza também tinha o potencial de intensificar a pressão inflacionária.
No entanto, Bailey disse pensar que a posição do BoE em relação às taxas de juros não precisava de ser alterada.
“A opinião que tenho pessoalmente é que vimos sinais agora de que estamos… no caminho certo para voltar aos 2%”, disse Bailey a um comitê do Parlamento.
O banco central britânico manteve as taxas de juros pela segunda reunião consecutiva este mês, após 14 aumentos consecutivos para combater uma inflação que atingiu um pico acima de 11% em outubro de 2022, antes de cair para 4,6% em outubro deste ano.
O BoE disse em sua reunião de novembro que espera que a inflação no Reino Unido –que se situava em 4,6% em outubro– regresse a 2% apenas no final de 2025.
Bailey disse esperar que a inflação termine 2023 um pouco abaixo do esperado pelo BoE, mas não muito.
Ele disse que qualquer tentativa de trazer a inflação de volta à meta mais rapidamente, aumentando mais os juros agora, levaria a inflação abaixo da meta.