A atividade empresarial dos Estados Unidos teve leve expansão em novembro, mas o nível de emprego no setor privado caiu pela primeira vez em quase três anos e meio, o que é consistente com as expectativas de uma desaceleração econômica no quarto trimestre.
A S&P Global informou nesta sexta-feira que o seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto dos EUA, que acompanha os setores industrial e de serviços, ficou inalterado em 50,7 este mês, já que um aumento modesto na atividade do setor de serviços compensou uma contração no setor industrial. Leitura acima de 50 indica expansão no setor privado.
O PMI preliminar da indústria caiu de 50,0 em outubro para 49,4 neste mês. O PMI do setor de serviços subiu para 50,8, de 50,6 no mês anterior.
Economistas esperam que a atividade econômica geral se modere consideravelmente neste trimestre, já que os efeitos defasados da taxa de juros elevada do Federal Reserve começam a ter um impacto maior. Desde março de 2022, o banco central dos EUA aumentou sua taxa básica em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
A economia cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre. As estimativas de crescimento para o trimestre de outubro a dezembro estão, em sua maioria, abaixo de um ritmo de 2%.
O subíndice de novos pedidos no PMI Composto aumentou para 50,4 em novembro, encerrando três quedas mensais consecutivas. O aumento modesto em relação à leitura de 49,0 em outubro foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, com os pedidos às fábricas estagnados.
A falta de um crescimento forte nas novas encomendas levou à redução do número de trabalhadores nas empresas, com o índice de emprego caindo para 49,7. Essa foi a primeira contração desde junho de 2020 e seguiu-se a uma leitura de 51,3 em outubro.
A S&P Global disse que as empresas citaram condições de demanda relativamente fracas e pressões de custo elevadas como os motivos das demissões, que ocorreram tanto no setor de indústria quanto de serviços.