A economia da França registrou contração de 0,1% no terceiro trimestre do ano, segundo dados revisados do INSEE divulgados nesta quinta-feira, enquanto a inflação de novembro diminuiu mais do que o esperado.
A contribuição da formação bruta de capital fixo, uma medida de investimento, para a produção nacional da França foi revisada consideravelmente para baixo, enquanto a contribuição da demanda interna também desacelerou para 0,2 ponto, informou o INSEE.
O escritório de estatísticas disse que a contribuição do comércio externo, de -0,4 ponto, também teve um impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) durante o terceiro trimestre, já que as importações cresceram.
Em novembro, a inflação preliminar harmonizada para comparação com a UE foi de 3,8% em relação ao ano anterior, abaixo da expectativa em uma pesquisa da Reuters com 19 economistas de 4,1%. A inflação caiu de 4,5% em outubro, ajudada pela diminuição da pressão sobre os preços da energia e do setor de serviços.
Os preços dos alimentos subiram 7,6% em novembro, em comparação com 7,8% em outubro, enquanto o aumento dos preços da energia desacelerou para 3,1%, depois de registrar alta de 5,2% no mês passado.
Em relação ao mês anterior, os preços caíram 0,2%, já que a queda dos preços de transporte e energia compensou o aumento mensal dos alimentos, especialmente dos produtos frescos.
Apesar da inesperada contração econômica, o governo manteve sua previsão de crescimento de 1% para 2023.
“Mantenho minhas previsões de crescimento. Teremos um crescimento positivo este ano e um maior em 2024 do que em 2023”, disse o ministro da Economia, Bruno Le Maire, na rádio francesa, acrescentando que estava mantendo sua previsão de expansão de 1,4% no próximo ano.