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Itaú Unibanco começa a oferecer compra e venda de bitcoin e ether com custódia no banco

A Itaú Digital Assets também participa ativamente do projeto piloto para implementação do Drex, a moeda digital do Banco Central brasileiro

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Freepik/@wirestock)

O mercado de compra e venda de criptoativos no Brasil passa a contar com um concorrente de peso a partir desta segunda-feira, quando o Itaú Unibanco (ITUB4) inicia a oferta para negociação de bitcoin (BTCUSD) e ether (ETHUSD) por meio da sua plataforma de investimentos íon.

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O maior banco brasileiro entra em um segmento no qual já estão ‘players’ como MB, Binance, Foxbit e Mynt, do BTG Pactual, entre outros, e aposta como diferencial o fato de que os ativos digitais estarão custodiados no próprio banco.

“É a primeira solução de mercado que utiliza uma custódia de um dos grandes bancos do mercado”, afirmou o diretor da Itaú Digital Assets, Guto Antunes, ressaltando que a guarda dos ativos foi um tema “super relevante” considerado pela equipe da instituição para o lançamento dos serviços.

O executivo acrescentou que a decisão do banco de começar a oferecer compra e venda de criptomoedas acompanha o amadurecimento e a evolução da regulação para ativos digitais.

A chegada do Itaú a esse universo ocorre em um momento menos turbulento para criptomoedas, com o bitcoin acumulando uma valorização de mais de 130% até o momento em 2023, após um tombo de 64% em 2022, ano que foi marcado pelo colapso da gigante FTX.

Apesar da forte recuperação, a cotação no patamar de 38.400 dólares do bitcoin permanece distante da máxima histórica de 69 mil dólares, alcançada durante uma sessão em novembro de 2021.

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De acordo com Antunes, na etapa inicial, os clientes cadastrados no íon poderão comprar as criptomoedas com valor mínimo de 10 reais, a taxa zero. A formação de preço ocorrerá por meio de “pools” de liquidez, afirmou ele, sem detalhar. “Temos uma estrutura já adaptada para fazer esse acesso.”

A ideia também não é parar nas duas criptomoedas de maior capitalização no mundo.

“Começa pelo bitcoin, mas o nosso grande planejamento estratégico é estender para outros criptoativos no futuro, de acordo com a evolução regulatória e também outros tipos de token com a evolução do mercado de tokenização de ativos reais”, afirmou o executivo.

Na contramão XP Inc e PicPay anunciaram em outubro a clientes que não iriam mais oferecer operações de compra e venda de criptoativos, pouco mais de um ano após lançarem suas “exchanges” em agosto de 2022. A XP não explicou, mas o PicPay citou indefinição regulatória do setor.

“Nós sabemos que num futuro próximo existe um potencial muito grande para tokenização de ativos reais e que isso parte por esse comportamento também de se comprar criptomoedas”, argumentou o executivo da Itaú Digital Assets.

“É isso o que o Itaú acredita bastante, nesse potencial não só em criptomoedas, mas de toda a tecnologia blockchain que dá possibilidade de ter tokens, distribuição de tokens.”

A Itaú Digital Assets também participa ativamente do projeto piloto para implementação do Drex, a moeda digital do Banco Central brasileiro.

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