Em uma reviravolta nas perspectivas para o Banco do Brasil (BBAS3), a Ágora Investimentos anunciou hoje uma mudança significativa em sua recomendação para as ações do banco, rebaixando-as de “compra” para “neutra”.
A análise da equipe, liderada pelos analistas Gustavo Schroden e Renato Chanes, destaca a crescente incerteza nos mercados, o que levou a uma revisão para baixo das estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025, uma redução média de 4%.
O relatório destaca quatro fatores cruciais que contribuem para a incerteza em torno do desempenho futuro do Banco do Brasil.
Desempenho das ações do Banco do Brasil em relação ao Ibovespa em 1 ano
Em primeiro lugar, a situação econômica na Argentina, particularmente em relação ao Banco Patagonia, está sujeita a possíveis mudanças na política macroeconômica.
Além disso, o segmento rural enfrenta riscos devido a condições climáticas adversas, que podem afetar negativamente os empréstimos no agronegócio.
O índice de pagamento e as receitas de tarifas também estão sob pressão.
Avaliação e perspectivas futuras
Após um ano de forte desempenho das ações do Banco do Brasil, com uma alta acumulada de 68%, a Ágora Investimentos observa que o banco está negociando a múltiplos menos atrativos.
Com base nisso, o novo preço-alvo para 2024 foi estabelecido em R$ 59, oferecendo um upside limitado de aproximadamente 8%.
As alocações preferenciais da Ágora Investimentos no setor bancário agora incluem Itaú Unibanco (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).