Consórcios liderados pela Petrobras (PETR4) e a Chevron (CVX; CHVX34)) sozinha arremataram 44 dos 165 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados na Bacia de Pelotas, uma nova fronteira exploratória, em leilão de concessão realizado pela reguladora ANP nesta quarta-feira.
Com o resultado, o governo arrematou um bônus de assinatura total na Bacia de Pelotas de 298,74 milhões de reais.
Do total, a Petrobras arrematou 29 blocos nessa bacia, todos como operadora e tendo a Shell como parceira. Em três deles, a Cnooc também integrou o consórcio. Os demais 15 blocos foram arrematados pela Chevron 100% sozinha.
“Conseguimos uma estratégia muito bem sucedida… Entramos numa área de fronteira com pouca probabilidade de ter problema ambiental e tudo, mas muito prolífica”, disse o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates.
“Nos 29 blocos que nós bidamos, conseguimos ganhar e com parceiros muito proficientes e que conhecem águas profundas.”
Prates disse ainda que a companhia tem como estratégia utilizar o mar para transição energética, usando o capital resultado da exploração marítima de petróleo e gás.
Com a participação no leilão, a Petrobras elevou sua área exploratória, de 30 mil quilômetros quadrados atualmente para 50 mil. “Estamos repondo perspectivas de novas reservas”, frisou.
Também no leilão, o presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, ressaltou que os blocos arrematados sob a liderança da Petrobras são um sinal do interesse da companhia em crescer no país, onde já tinha 39 contratos de exploração e produção de petróleo.
“O Brasil é e continua sendo um país super importante para a companhia, não só na área de exploração e produção”, disse Costa, citando a parceria que tem ainda com a Cosan , na operação da joint venture Raízen.
Já a Bacia de Santos teve quatro blocos arrematados, de 27 ofertados, com bônus de assinatura somados de 107 milhões de reais. A Karoon arrematou dois blocos enquanto Cnooc e Equinor arremataram os outros dois também sozinhas.
O leilão de concessão da ANP prevê a oferta nesta quarta-feira de mais de 600 blocos exploratórios, nas bacias de Pelotas, Potiguar, Santos, Paraná, Espírito Santo, Tucano, Amazonas, Recôncavo e Sergipe-Alagoas.