Uma carteira de investimento nada mais é do que o conjunto de ativos financeiros que uma pessoa possui. Ela pode ser composta por fundos de investimento, títulos públicos e ações, entre outros produtos. A carteira ideal depende de uma série de fatores que vou explicar ao longo deste texto.
Há muitos investidores que, justamente por não considerarem estas especificidades, aplicam em ativos recomendados por amigos, familiares e conhecidos e acabam se decepcionando com os resultados – o que é esperado, já que cada um tem seu portfolio ideal. Para evitar que isso aconteça, segue abaixo uma lista com os pontos que você não pode descuidar.
Objetivos
Os objetivos que você pretende atingir com seus investimentos são o primeiro fator que deve ser avaliado na hora de montar sua carteira, pois irão ajudar a definir o grau de risco que você pode correr.
Por exemplo: um investidor que pretende comprar um imóvel e acumular para a aposentadoria deve aplicar os recursos do imóvel em ativos de menor risco, já que este é um objetivo de mais curto prazo.
Todavia, os recursos para a aposentadoria devem ser aplicados em ativos de maior risco, com maior potencial de ganhos, até por que haverá mais tempo para recuperar eventuais perdas e para compor o montante desejado.
Idade
É certo que um jovem, ainda distante da aposentadoria e com bastante tempo pela frente para a realização de sonhos, pode compor uma carteira de investimentos mais arriscada que um investidor de 60 anos, que já está aposentado ou que se aposentará em breve.
No primeiro caso, mesmo que o jovem investidor seja conservador, é recomendável que uma porcentagem dos recursos que possui esteja investida em produtos mais arriscados como ações e fundos de ações, os quais podem valorizar fortemente no longo prazo. Este investidor tem o tempo a seu favor para recuperar eventuais perdas de curto e médio prazos.
Já no segundo caso, o investidor com idade mais avançada (mesmo que possua um perfil arrojado) deve manter parte considerável de seus recursos em ativos de baixo risco, pois precisará do dinheiro para complementar a sua renda nos próximos anos.
Saúde
Outro fator que não se pode negligenciar na hora de montar ou rever a carteira é a saúde do investidor. Pessoas mais saudáveis podem correr mais risco do que as com algum problema ou saúde debilitada, as quais podem precisar de suas reservas para complementar a renda ou para ajudar nos tratamentos.
Emprego
A sua profissão e o grau de estabilidade financeira que ela proporciona não devem ser deixados de lado. Profissionais liberais e pessoas que recebem comissões como parte principal de seus salários devem ter reservada uma quantia suficiente para cobrir despesas fixas por um ano em ativos líquidos e de baixo risco.
A regra é similar para aqueles que têm uma carreira mais estável, a diferença é que podem reservar menos recursos para aplicações conservadoras, o suficiente para manterem o padrão de vida sem trabalhar entre três e seis meses. O restante do valor investido pode estar em aplicações menos líquidas e mais rentáveis (mais arriscadas).
Valor disponível
O nível de risco de cada carteira de investimentos também depende dos recursos disponíveis para aplicação que o indivíduo possui. Investidores que já acumularam um bom patrimônio financeiro podem correr menos risco do que aqueles que ainda estão construindo seu patrimônio.
Legado
Em geral, se preocupam com isto os investidores que já construíram um patrimônio considerável e querem deixar algo para seus descendentes. Estes não devem investir a totalidade de seus recursos em ativos de alto risco, podem diversificar, aplicando uma parcela em produtos mais seguros.
Como definir a carteira de investimento ideal?
Sabendo que montar uma carteira de investimentos é uma tarefa difícil, a Órama acaba de lançar a ferramenta Portfolio Ideal (clique para conhecer) para auxiliá-lo nesta tomada de decisão, levando em consideração o seu perfil, idade e valor disponível para investir.
Eu participei diretamente do desenvolvimento da ferramenta. Por isso, posso garantir que as sugestões são muito próximas das minhas. Ainda que não abranja todos os fatores que citei acima, a ferramenta conta com um sofisticado algoritmo e cálculos matemáticos para sugerir carteiras diversificadas de maneira eficiente.
Convido você a conhecer e experimentar o Portfolio Ideal (clique para detalhes) e, assim, planejar melhor seus investimentos. Obrigada e até a próxima.
Foto “Investment allocation”, Shutterstock.