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Brasil supera EUA como maior fornecedor de milho da China e amplia liderança na soja

O total de importações de milho pela China até o momento neste ano chegou a 22,18 milhões de toneladas, sendo 40% provenientes do Brasil, enquanto os EUA responderam por 29%

por Reuters
3 min leitura

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos em novembro e se tornou o maior fornecedor de milho da China este ano, além de ter enviado a maior quantidade de soja em um trimestre tradicionalmente dominado pelas importações dos EUA, segundo dados divulgados na quarta-feira.

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A posição de destaque do Brasil ocorre apenas um ano depois que a China aprovou as exportações de milho do país sul-americano para diversificar seus fornecedores e reduzir sua dependência dos Estados Unidos e da Ucrânia.

O Brasil forneceu 3,22 milhões de toneladas métricas de milho do total recorde de 3,59 milhões de toneladas que a China importou em novembro, segundo dados da Administração Geral de Alfândega. Analistas disseram que esperam que o Brasil continue a dominar os suprimentos de milho da China.

“Essa será a norma daqui para frente, a produção agrícola do Brasil tem mais vantagens competitivas”, disse Ma Wenfeng, analista sênior da consultoria agrícola Beijing Orient, com sede em Pequim.

Uma safra abundante e avanços logísticos, como a consolidação das rotas de exportação do norte, estão aumentando a competitividade da potência sul-americana de grãos.

Nos primeiros 11 meses de 2023, as importações de milho brasileiro aumentaram para 8,8 milhões de toneladas, enquanto as importações de milho norte-americano caíram mais da metade em relação ao ano anterior, para 6,5 milhões de toneladas.

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O total de importações de milho pela China até o momento neste ano chegou a 22,18 milhões de toneladas, sendo 40% provenientes do Brasil, enquanto os EUA responderam por 29%.

Importações de soja

As importações chinesas de soja do Brasil também aumentaram 108% em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 5,29 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega

Em anos anteriores, a soja recém-colhida dos EUA constituiu a maior parte das importações da China durante o quarto trimestre, mas os compradores têm abocanhado grãos brasileiros com desconto este ano, após uma safra recorde no maior produtor do mundo.

Os embarques dos EUA, o segundo maior fornecedor da China, também foram desacelerados pela seca no Canal do Panamá e no Rio Mississippi.

As chegadas de novembro dos EUA diminuíram em 30%, para 2,3 milhões de toneladas, em comparação com 3,29 milhões de toneladas no ano anterior.

O total de importações de soja pela China em novembro foi de 7,92 milhões de toneladas.

Nos primeiros 11 meses de 2023, o total de embarques de soja do Brasil para a China foi de 64,97 milhões de toneladas, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As importações totais do produto dos EUA até agora neste ano caíram 8%, para 20,36 milhões de toneladas, segundo os dados.

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