Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE atingiram uma nova mínima de oito meses e meio nesta quarta-feira, com os fundos liquidando posições compradas, enquanto o café caiu após fortes ganhos na sessão anterior.
Café
O contrato março do café robusta fechou em queda de 62 dólares, ou 2,1%, a 2.870 dólares por tonelada, após alta de 4,9% na terça-feira, quando tocou o maior nível em pelo menos 15 anos.
A colheita no Vietnã, maior produtor de robusta, está agora cerca de 75% concluída, mas os agricultores têm demorado a vender enquanto aguardam preços ainda mais altos.
“Os agricultores não estão apenas desistindo de novas vendas, mas também atrasando entregas de compromissos anteriores assumidos a preços consideravelmente mais baixos”, disse um comerciante vietnamita, comentando a reação dos produtores aos preços recordes de Londres.
O contrato março do café arábica caiu 5,8%, para 1,906 dólar por libra-peso, depois de subir 5,9% na terça-feira, quando atingiu seu maior nível desde abril.
O Rabobank ainda espera que a safra brasileira de arábica cresça no próximo ano em comparação com 2023, apesar das atuais preocupações climáticas.
Açúcar
O março do açúcar bruto caiu 0,51 centavo, ou 2,4%, a 20,92 centavos de dólar por libra-peso, após ter caído anteriormente para o nível mais baixo desde 27 de março, a 20,81 centavos.
Os traders disseram que o mercado parece tecnicamente fraco, mas acrescentaram que as probabilidades de uma correção ascendente estão aumentando.
A forte produção no maior produtor, o Brasil, pressionou o açúcar para baixo para os níveis atuais, mas isso está agora precificado e, no futuro, há preocupações crescentes sobre colheitas fracas nos importantes produtores Índia e Tailândia.
A corretora StoneX espera que o Centro-Sul do Brasil exporte 7,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2024 contra 4,2 milhões de toneladas no mesmo período de 2023.
O contrato março do açúcar branco caiu 1,5%, para 605,80 dólares a tonelada.