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Israel continua ataque em Gaza enquanto apagão de comunicações prejudica esforços de resgate

Desde que o Hamas matou 1.200 pessoas e capturou 240 reféns em 7 de outubro, no dia mais mortal da história de Israel

por Reuters
3 min leitura

 As forças israelenses atacavam o centro de Gaza por terra, mar e ar nesta quarta-feira, e uma queda nas telecomunicações em grande parte do enclave prejudicou os esforços para resgatar as vítimas palestinas, depois que o chefe militar de Israel disse que a guerra contra o Hamas durará meses.

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Refletindo a determinação israelense de destruir o Hamas, apesar dos crescentes apelos globais por um cessar-fogo, o chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse que a guerra de 11 semanas durará “muitos meses” e que não há “soluções mágicas” ou “atalhos”.

No distrito de Al-Maghazi, na região central de Gaza, cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo, segundo os médicos, enquanto ao norte, na cidade de Gaza, as autoridades de saúde disseram que os corpos de sete palestinos mortos durante a noite chegaram ao Hospital Al Shifa.

Moradores também relataram combates pesados a leste e ao norte do distrito de Al-Bureij e no vilarejo vizinho de Juhr Ad-Deek, onde, segundo eles, estão estacionados tanques israelenses.

As Forças Armadas de Israel informaram nesta quarta-feira que mais três soldados foram mortos em ação em Gaza, elevando para 166 o total de perdas militares no enclave desde o início das operações terrestres em 20 de outubro. Cerca de 21.000 palestinos foram mortos por ataques israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Israel intensificou seus ataques nesta semana, especialmente em uma área central ao sul da hidrovia que corta a Faixa de Gaza. O Exército israelense pediu aos civis que deixassem a área, embora muitos tenham dito que não havia mais nenhum lugar seguro para ir.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou imagens feitas principalmente na segunda e terça-feira em vários hospitais de Gaza, e o coordenador da equipe médica de emergência da OMS, Sean Casey, disse que a capacidade de saúde de Gaza é 20% do que era há 80 dias.

“Há sangue por toda parte nesses hospitais no momento”, disse Casey, acrescentando que nenhum lugar em Gaza é seguro.

“Estamos vendo quase que somente casos de trauma entrarem pela porta e em uma escala que é muito difícil de acreditar, é um banho de sangue, como dissemos antes, é uma carnificina.”

Os militares israelenses disseram que continuavam atacando o que chamam de alvos terroristas em Gaza, em determinado momento usando sua Marinha para atingir suspeitos considerados uma ameaça às tropas terrestres.

O Crescente Vermelho Palestino relatou uma perda total de comunicação com suas equipes que trabalham na Faixa de Gaza devido à interrupção dos serviços de telecomunicações e internet.

A organização disse em um comunicado que a rede de comunicação por rádio VHF, o único meio de comunicação durante o blecaute, sofreu danos causados por bombardeios de artilharia que atingiram parte de sua sede em Khan Younis, o que representa um desafio para as equipes médicas de emergência que tentam chegar aos feridos e lesionados.

Desde que o Hamas matou 1.200 pessoas e capturou 240 reféns em 7 de outubro, no dia mais mortal da história de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem respondido com um ataque que destruiu grande parte da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.

Além dos 21.000 palestinos mortos, teme-se que outros milhares estejam enterrados sob os escombros. Quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave foram expulsos de suas casas, alguns por diversas vezes.

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