Os futuros da soja na bolsa de Chicago caíram para o menor patamar em mais de dois anos nesta quinta-feira, enquanto os futuros do milho atingiram uma mínima em três anos antes de se recuperarem devido à cobertura de posições vendidas e compras técnicas, disseram analistas.
As expectativas de abastecimento global adequado e condições de clima favoráveis às colheitas no Brasil, o maior exportador mundial de soja, continuaram influenciando os mercados.
Tanto os futuros de soja quanto de milho estavam em condição de sobrevenda devido às perdas recentes, disse o analista da Summit Commodity Brokerage, Tomm Pfitzenmaier.
Os futuros de soja mais ativos na CBOT fecharam em alta de 7,75 centavos, a 12,1350 dólares por bushel, após atingirem seu nível mais baixo desde novembro de 2021, a 12,01 dólares.
Os futuros do milho subiram 1,75 centavo, a 4,44 dólares por bushel, após tocarem 4,3675 dólares, menor preço desde dezembro de 2020.
Os traders tentam avaliar o quanto de notícias pessimistas já estão refletidas no mercado de soja após as recentes quedas, disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.
“É mais um rali exaustivo”, disse Roose.
Chuvas favoráveis têm aliviado temores relacionados a danos às safras no Brasil devido à seca. A consultoria Agroconsult ainda reduziu sua previsão para a colheita de soja do Brasil para 153,8 milhões de toneladas, ante 161,6 milhões em novembro.
Uma redução na produção de soja no Brasil pode ser compensada por uma colheita farta prevista na Argentina, afirmaram analistas.
“Há algumas preocupações com a safra brasileira, mas qualquer perda parece que será compensada por uma safra argentina em recuperação”, disse Andrew Whitelaw, analista da Episode 3 em Canberra.
O trigo na CBOT fechou em alta de 3 centavos, a 5,8550 dólares por bushel, após cair mais cedo para uma mínima desde 29 de novembro.
