Nos investimentos, como muitos já sabem, rentabilidade e risco são diretamente proporcionais. Quanto maior a rentabilidade esperada do ativo, maior é o risco de mercado atribuído. Assim, quando o objetivo é crescimento de patrimônio, a exposição ao risco se faz necessária.
A rentabilidade dos produtos de renda fixa é consideravelmente previsível, mas é sempre baixa se comparada a produtos de renda variável num horizonte de prazo mais longo. A renda fixa não ajuda o investidor a multiplicar seu patrimônio, apenas preserva o que foi conquistado. São os produtos de renda variável que levam o investidor a um patamar superior.
Assim, quem está começando a investir e vislumbra o aumento patrimonial, no primeiro momento precisa investir uma parcela considerável em produtos de renda variável, não menos do que 20%.
Em geral, os investidores que estão começando não querem aumentar as parcelas investidas em produtos de renda variável porque têm medo de perder tudo o que conquistaram. Nesse caso vale salientar que com uma diversificação inteligente, dado que o risco de cada produto é mensurável, muito dificilmente o conjunto de suas aplicações financeiras perderá todo o valor – poderá desvalorizar algo entre 30% e 50%.
Ninguém gosta de perder, mas como mostra o quadro acima, perder 30% de R$ 10 mil é um risco que vale ser corrido para mudar de patamar. Todavia, quem já acumulou R$ 700 mil não precisa correr este risco.
Após ter atingido determinado valor, recomenda-se cautela e a redução gradativa da exposição ao risco da carteira, focando mais na preservação do patrimônio.
Para que fique mais claro como uma maior parcela investida em ativos de risco pode fazer a diferença na acumulação patrimonial, a tabela abaixo mostra a diferença entre o valor atingido em uma aplicação de R$ 5 mil na poupança, com rendimento anual de 6,5%, e em dois fundos de ações dinâmicos, com rentabilidade média esperada entre 15% e 18% ao ano:
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Como vemos, ao investir na poupança seu patrimônio cresce a uma velocidade menor do que se tivesse investido em produtos de maior risco. Lembrando que 15% e 18% são rentabilidades médias anuais. Assim, em determinados anos a rentabilidade poderá ser inferior à esperada, até mesmo ser negativa, todavia em outros será bem superior.
Para potencializar o crescimento de patrimônio, recomendo que o investidor, além de aplicar em produtos de mais risco, realize aportes regulares, ao menos uma vez por ano. A tabela abaixo mostra como estes aportes sistemáticos aliados a uma maior exposição ao risco fazem seu patrimônio crescer exponencialmente. Para a simulação foram considerados aportes anuais de R$ 5 mil:
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Para aplicar em ativos de maior risco, sugiro as ações, através de uma carteira de ações diversificada, fundos de ações com gestão ativa e fundos multimercados mais agressivos.
Quem possui conhecimento e dispõem de tempo para se dedicar aos investimentos, pode montar uma carteira diversificada de ações com horizonte de longo prazo.
Para quem não reúne estes requisitos, recomendo aplicações em fundos de ações de gestores independentes, já que estes possuem carteiras naturalmente diversificadas e uma equipe de gestão profissional, que acompanha 24 horas por dia o mercado em busca das oportunidades disponíveis com maior potencial de valorização.
Investir através de fundos multimercado agressivos também é uma maneira de diversificar o risco de sua carteira, aproveitando oportunidades do mercado de câmbio, juros e commodities pouco acessíveis a investidores individuais.
Concluindo, investidores iniciantes em busca de valorização devem fazer aplicações em ações ou fundos de ações e fundos multimercado agressivos. Com o passar do tempo, o valor da carteira irá crescer e então as participações em ativos de maior risco deverão ser reduzidas, mudando o foco da carteira de investimentos de acumulação para preservação do patrimônio.
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a alocação ideal de risco para seus investimentos ou produtos disponíveis para investir, entre em contato direto comigo através da página “Fale com a Sandra” e responderei sua dúvida.
Foto “Financial graphs”, Shutterstock.