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Por que o dólar caiu após novo suporte econômico da China?

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9554 reais na venda, em baixa de 0,65%

por Reuters
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(Imagem: freepik/@ evening_tao)

O dólar (USDBLR) caía acentuadamente frente ao real nesta quarta-feira, em meio a forte apetite por risco global após novo sinal de suporte das autoridades chinesas à economia depois que o banco central do país reduziu a taxa de compulsório na maior intensidade em dois anos.

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Às 10:13 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,85%, a 4,9133 reais na venda.

Na B3, às 10:13 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,87%, a 4,9165 reais.

O Banco do Povo da China reduzirá a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, chamada de taxa de compulsório, a partir de 5 de fevereiro, num sinal de que as autoridades estão se esforçando para sustentar a frágil recuperação econômica do país.

“O setor de commodities reage positivamente ao plano chinês de estímulo, com aumentos notáveis nos preços do minério de ferro e do cobre”, disse a Guide Investimentos em relatório a clientes. “A redução no compulsório promete injetar uma liquidez significativa no mercado de consumo e imobiliário.”

De fato, o contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,77%, no maior valor desde 12 de janeiro. Os ativos brasileiros são muito sensíveis à oscilação do minério de ferro, entre os produtos mais importantes da pauta de exportação nacional.

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Enquanto isso, o mercado aguarda dados preliminares de Índices de Gerentes de Compras (PMI) dos Estados Unidos, a serem divulgados às 11h45.

Em meio à abordagem baseada em dados para as tomadas de decisão do Federal Reserve, investidores têm acompanhado com cautela as leituras econômicas norte-americanas, que podem ajudar a indicar se a atividade e a inflação esfriaram o suficiente para permitir um afrouxamento monetário por parte do banco central.

O Fed realiza seu próximo encontro de política monetária na semana que vem, nos dias 30 e 31 de janeiro. Com ampla expectativa de manutenção dos juros na reunião, o foco fica nas indicações das autoridades sobre quando acham apropriado começar a cortar as taxas. Quanto mais cedo começar o afrouxamento monetário, mais o dólar tende a cair frente a divisas arriscadas de maior rendimento, como o real.

No Brasil, “a agenda tranquila deixa o mercado exposto aos ventos externos”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Sem divulgações domésticas agendadas para esta quarta, o foco fica nas relações entre governo e Congresso depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta semana a Lei Orçamentária Anual (LOA) com veto de 5,6 bilhões a emendas parlamentares, à espera de eventuais conversas do petista e membros do Executivo com lideranças parlamentares.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9554 reais na venda, em baixa de 0,65%.

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