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A Evolução do Investidor, de Dom Pedro II à Bolsa de Valores

por Conrado Mazzoni
3 min leitura
A Evolução do Investidor, de Dom Pedro II à Bolsa de Valores

Está pintando um novo perfil de investidor no mercado de capitais brasileiro. Cansado das migalhas da poupança, ele se informou sobre a Bolsa de Valores e agora procura se atualizar de várias maneiras, tentando filtrar conteúdo de qualidade.

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Não basta mostrar que as ações tendem a superar outros investimentos ao longo do tempo, já que manchetes envolvendo Eike Batista, Petrobras e crises rejuvenescem a torcida pessimista.

O sujeito quer “mais” antes de se juntar aos cerca de 600 mil CPFs cadastrados para comprar ações no Brasil. É bem diferente de como funcionava na euforia de recorde da Bovespa em 2006 e 2007.

Em tempos de eleições, arrisco um parêntesis com a própria onda de manifestações populares. Os protestos simbolizam o fim do consumo como joia da coroa, ilustrado por uma classe C exausta de serviços públicos ruins.

No caso dos manifestantes, a palavra mágica “mudança” cai muito bem. No mundo dos investimentos, lidamos com aquele medo do “desconhecido”. Difícil brigar com a conta poupança, modalidade mais tradicional de investimento no Brasil.

A origem da poupança remonta ao fim do século XIX, em janeiro de 1861, quando o então Imperador Dom Pedro II decretou a criação da Caixa Econômica com, a seguinte finalidade:

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“(…) Receber a juro de 6%, as pequenas economias das classes menos abastadas, e de assegurar, sob garantia do Governo Imperial, a fiel restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando este o reclamar (…).”

Claramente a ideia era constituir algo seguro em favor das classes D e E da época. Já o investimento em ações não nasceu de decreto político. Pertence à engrenagem capitalista de prover uma via de captação de recursos para as empresas, com contrapartida social de formação de riqueza dos cidadãos.

Em vez de convencer o sistema bancário a abrir mão de liquidez, e (às vezes) pagar caro por crédito, as empresas colocam pequenas frações de seu capital no mercado. E nós podemos virar sócio de empresas que julgamos boas e capazes de crescer.

Quem compra ações não tem garantia de Dom Pedro II ou São Pedro para ganhar juro de 6% ao ano. Ainda assim, a evidência histórica sugere que as ações batem a renda fixa em longos intervalos de tempo.

Eu tomei minha decisão! Comprei minha primeira ação em setembro do ano passado. Creio que me enquadro no novo perfil de investidor brasileiro, ávido por informação de qualidade.

Se você também pensa assim, sugiro começar com o pé direito. Sinta-se à vontade para navegar no mundo do investimento em ações a bordo da minha cabeça investidora (clique aqui para acompanhar meu trabalho). Estou pronto para falar com você e sempre contar um pouco mais de minhas experiências até o momento. O campo de comentários desse post também é um bom meio para nos comunicarmos.

Se ainda prefere a zona de conforto da poupança, só você sabe o que é melhor para o seu dinheiro. Torça para ele vencer a inflação em meio ao barulho das manifestações.

PS: Quem assina o Minha Primeira Ação (da Empiricus, empresa onde trabalho), recebe gratuitamente o Guia da Empiricus de cinco capítulos para aprender a investir em ações. Os dois primeiros capítulos já estão disponíveis. Confira. Um abraço e até a próxima.

Foto “Color diagrams”, Shutterstock.

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