A queda nas taxas de juros de dez anos nos Estados Unidos emerge como um fator positivo para o Brasil, gerando expectativas de um influxo de capital estrangeiro para os mercados emergentes.
Com a bolsa brasileira apresentando um desconto histórico e destacando-se em termos de expectativa de crescimento de lucro por ação, setores estratégicos, como consumo doméstico e empresas alavancadas, vislumbram benefícios, especialmente em períodos de cortes na Selic.
Segundo análise, “a bolsa brasileira, com desconto em relação à média histórica, apresenta-se atrativa, destacando-se em expectativa de crescimento de lucro por ação.”
Brasil
A expectativa de um cenário global favorável ao Brasil é impulsionada pelo corte de juros nos EUA, gerando um apetite global por risco.
O mercado aguarda sinais que confirmem a tendência de queda nas taxas de juros norte-americanas. Especialistas apontam que “com a perspectiva do início do ciclo de cortes nos EUA, os investidores devem buscar maior exposição ao risco em 2024, o que abre caminho para o fluxo de capital estrangeiro para mercados emergentes e, especialmente, para o Brasil.”
China
A situação da economia chinesa, enfrentando desafios estruturais, gera oportunidades para outros emergentes, conforme evidenciam dados de fluxo de capital.
A expectativa é que, com o cenário externo melhorando, o investidor estrangeiro aumente sua presença no mercado acionário brasileiro, buscando exposição global a ativos de risco. “O Brasil parece uma ótima opção para o estrangeiro”, destacam analistas, ressaltando a liquidez e a atratividade dos fundamentos da Bolsa brasileira em 2024.
Small Caps
A análise aponta para a preferência por setores de maior qualidade, especialmente durante o retorno do fluxo estrangeiro para a Bolsa de Valores.
Empresas de consumo doméstico e aquelas com maior alavancagem são destacadas como potenciais beneficiárias da redução da Selic.
Além disso, as small caps, negociando com um desconto de 30% em relação à média histórica, podem ser impulsionadas pelo retorno do fluxo institucional. “A volta do fluxo institucional deve ser o grande driver para o desempenho dessa classe de ativos”, concluem os especialistas.