Os dados fiscais de janeiro estão apresentando bom desempenho, disse nesta segunda-feira o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ao defender que a meta fiscal “arrojada” de déficit zero em 2024 é positiva para o país.
Em entrevista à imprensa para comentar dados das contas públicas no ano passado, o secretário ressaltou que a avaliação sobre a trajetória fiscal será feita mês a mês.
A primeira avaliação oficial desse aspecto ocorrerá no fim de março, quando o governo poderá bloquear verbas de ministérios se notar um desenquadramento da meta fiscal em relação a suas receitas e despesas.
“Embora muitas vezes se coloque a discussão em relação à meta de primário, o novo marco fiscal não é (somente) uma meta de primário, tem sua essência na existência de um limite para expansão da despesa”, afirmou Ceron.
“A meta fiscal é mais arrojada, mais desafiadora, justamente para acelerar o processo de recuperação fiscal e trazer benefícios econômicos que são tão importantes para o país”.
Ceron não apresentou detalhes sobre os números das receitas neste mês, que serão divulgados oficialmente apenas no fim de fevereiro.
Em relação ao resultado acumulado de 2023, um déficit de 230,5 bilhões de reais, o secretário afirmou que o dado “foi satisfatório” em relação aos objetivos traçados, citando grande impacto gerado pela quitação de precatórios pelo governo.
Na mesma entrevista, o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Otávio Ladeira, afirmou que janeiro está indo “muito bem” no desempenho dos leilões de títulos públicos, mostrando melhora na percepção do mercado.