O Ibovespa (IBOV) avançava nesta terça-feira, com o noticiário corporativo brasileiro sob os holofotes, incluindo OPA da Cielo e planos da Natura&Co de possível separação entre Natura&Co Latam e Avon.
Às 11h45, o Ibovespa subia 1,44%, a 129.426,14 pontos. O volume financeiro somava 6,3 bilhões de reais.
No exterior, a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano endossava o viés positivo no pregão brasileiro, com o Treasury de 10 anos marcando 4,1346%, de 4,164% na véspera.
Destaques
Natura (NTCO3) subia 6,66%, a 17,13 reais, após a fabricante de cosméticos anunciar na véspera que seu conselho de administração autorizou a diretoria a avaliar uma possível separação da Natura&Co Latam e da Avon em duas companhias independentes e de capital aberto.
Bradesco (BBDC4) avançava 4,73%, a 16,37 reais, após anúncio de proposta de oferta pública de aquisição das ações da Cielo pelos controladores – Bradesco e Banco do Brasil -, que analistas do BTG Pactual veem fazer sentido principalmente para o banco privado. O Bradesco ainda reporta na quarta-feira seu resultado trimestral e seu plano estratégico, antes da abertura da bolsa. Banco do Brasil (BBAS3) subia 0,57%.
Cielo (CIEL3) tinha elevação de 4,17%, a 5,24 reais, após decisão dos controladores de lançar uma OPA de até a totalidade das ações da companhia a 5,35 reais por papel. A empresa de meios de pagamentos também divulgou na véspera balanço trimestral e juros sobre capital próprio (JCP) de 410 milhões de reais.
Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 1,11%, a 33,73 reais, após lucro líquido recorrente de 9,4 bilhões de reais no quarto trimestre, em desempenho considerado forte por analistas, mas dentro do esperado.
O maior banco privado do país também divulgou projeções para 2024 que, segundo os analistas, implicam lucro líquido de cerca de 40 bilhões de reais no ano. E ainda aprovou dividendos extraordinários de 11 bilhões de reais, resultado em um payout total de 21,5 bilhões de reais referente ao ano de 2023.
De acordo com o presidente-executivo do Itaú, é possível que o banco anuncie novamente um dividendo extraordinário para 2024.
Vale (VALE3) subia 1,66%, a 66,60 reais, resistindo ao declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia com perda de 0,63%, a 939 iuans (130,57 dólares) por tonelada. A mineradora afirmou nesta terça-feira que está avaliando eventual renovação de contrato de seu atual presidente, Eduardo Bartolomeo, ou a realização de um processo sucessório, já que o mandato do executivo se encerra em 26 de maio. Ruídos sobre pressão do governo federal para influenciar no comando da Vale têm pressionado a ação neste começo de ano.
Petrobras (PETR4) avançava 1,48%, a 41,82 reais, renovando máximas históricas, em movimento endossado nesta sessão pela alta dos preços do petróleo no exterior, com o Brent subindo 0,85%.
Localiza (RENT3) caía 2,10%, a 52,61 reais. Relatório do JPMorgan afirma que analistas do banco esperam resultados de quarto trimestre nada animadores e cortou preço-alvo dos papéis de 82 para 81 reais, mas manteve recomendação “overweight”. Os analistas avaliam que o foco principal na companhia deve ser nos impactos das potenciais alterações contábeis. “De acordo com nossas estimativas, isso poderia implicar um impacto de 150 milhões a 350 milhões de reais no resultado de 2024, o que ainda não está incorporado em nossas estimativas”, afirmaram.
No final de janeiro, a Localiza disse que está conduzindo avaliações técnicas acerca das premissas para estimar o valor residual dos carros no que se refere a alocação dos custos de preparação dos veículos para desativação de frota.