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Vale prevê elevar vendas para fora da China, como Japão e Europa, diz executivo

De acordo com o executivo, a empresa pode usar sua cadeia de suprimentos e flexibilidade de seu portfólio para maximizar a margem

por Reuters
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Minério de ferro

A Vale (VALE3) prevê elevar as vendas de minério de ferro para destinos fora da China neste ano para atender um esperado aumento da demanda, em meio a um mercado global apertado em termos de oferta, disse a analistas nesta sexta-feira o vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro, Marcelo Spinelli.

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O executivo apontou uma expectativa de crescimento de demanda em localidades como Japão, Europa, Índia, Sudeste Asiático.

“Estamos realmente apoiando esse crescimento fora da China”, disse Spinelli, em teleconferência para comentar os resultados trimestrais.

A Vale reportou na véspera lucro líquido de 2,42 bilhões de dólares no quarto trimestre, queda de 35% versus o mesmo período de 2022.

“Quero enfatizar que o mercado está apertado e ficará mais apertado na Ásia. Do lado da oferta, não temos nenhum tipo de notícia, na verdade o principal aumento vem do Brasil, de nós”, frisou o executivo, destacando que a oferta da Austrália está estável, que a Índia está focada em seu mercado interno, dentre outros pontos.

O cenário ocorre em meio a iniciativas da Vale relacionadas a descarbonização e diversificação de seu portfólio, que tem impulsionado potencial para ampliar sua base geográfica de clientes e ainda reduzir custos.

Spinelli disse ainda estar otimista em relação a prêmios para pelotas de minério de ferro, com demanda do Oriente Médio e dos EUA, assim como a partir de uma recuperação de mercados como Japão e Europa.

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De acordo com o executivo, a empresa pode usar sua cadeia de suprimentos e flexibilidade de seu portfólio para maximizar a margem.

Acordo sobre Mariana

A Vale tem a expectativa de que um acordo global de reparação e compensação pelo rompimento de barragem em Mariana (MG) possa ser alcançado ainda neste primeiro semestre entre mineradoras e autoridades, afirmou nesta sexta-feira a analistas o vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta.

O colapso da estrutura da Samarco — joint venture da Vale com o grupo BHP — ocorreu em novembro de 2015, liberando uma onda gigante de rejeitos de mineração que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados e atingiu florestas e rios, inclusive o rio Doce, em toda a sua extensão, até o mar do Espírito Santo.

“É o nosso interesse, é do interesse dos nossos parceiros e vemos o interesse de todas as partes interessadas em poder chegar a uma resolução. E é para isso que estamos trabalhando”, afirmou Pimenta, durante conferência para apresentar os resultados do quarto trimestre.

“Houve algum progresso recentemente… temos esperança de que uma resolução possa ser alcançada no primeiro semestre deste ano.”

Na véspera, a Vale elevou em 1,2 bilhão de dólares a provisão de recursos relacionada à Fundação Renova, criada para gerir as compensações e reparações pelo rompimento da estrutura, elevando o total a 4,2 bilhões de dólares.

Até dezembro passado, tinham sido destinados 34,7 bilhões de reais às ações de reparação e compensação a cargo da Renova, informou a Vale anteriormente.

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