Os preços nos Estados Unidos subiram em janeiro, mas o aumento anual da inflação foi o menor em quase três anos, mantendo em aberto um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em junho.
O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,3% no mês passado, informou o Departamento de Comércio norte-americano nesta quinta-feira.
Os dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando um aumento de 0,1% no índice de preços PCE, em vez de 0,2%, conforme informado anteriormente.
Nos 12 meses até janeiro, a inflação do PCE foi de 2,4%. Esse foi o menor aumento anual desde fevereiro de 2021 e seguiu-se a um avanço de 2,6% em dezembro.
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Economistas consultados pela Reuters previam que o índice PCE subiria 0,3% no mês e aumentaria 2,4% em base anual. O aumento mensal refletiu os aumentos nos preços ao consumidor e ao produtor no mês passado, que a maioria dos economistas atribuiu a aumentos de preços das empresas no início do ano.
Economistas argumentaram que o modelo usado pelo governo para eliminar as flutuações sazonais dos dados provavelmente não está incorporando totalmente os aumentos de preços do início do ano. A maioria não espera que os aumentos de preços se repitam em fevereiro.
“Será prudente não fazer nenhum julgamento forte até que os dados de fevereiro sejam divulgados no próximo mês, seja a aceleração de janeiro um fato isolado que talvez se deva à falha dos fatores de ajuste sazonal em incorporar a verdadeira extensão dos aumentos de preços das empresas no início do ano, ou seja o início de algo mais preocupante para o Fed”, disse Satyam Panday, economista-chefe da S&P Global Ratings para os EUA.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 0,4% no mês passado, após alta revisada para baixo de 0,1% em dezembro.
O núcleo da inflação aumentou 2,8% na comparação anual em janeiro, o menor avanço desde março de 2021, depois de subir 2,9% em dezembro. O Fed acompanha as medidas de preço do PCE para sua meta de inflação de 2%.
Um relatório separado do Departamento do Trabalho desta quinta-feira mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA subiram em 13 mil, para 215 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 24 de fevereiro. Economistas haviam previsto 210 mil pedidos para a última semana.
Os pedidos estão oscilando em níveis historicamente baixos, apesar das demissões em massa de alto nível no início do ano.