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El Niño se aproxima do fim e abre espaço para La Niña; entenda

A probabilidade é de que no trimestre junho, julho e agosto, ou seja, meados do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos da La Niña

por Inmet
3 min leitura
Meio Ambiente El niño

O El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico, está chegando ao fim e próximo da condição neutra.

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Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde o início de abril, foi registrado um resfriamento substancial das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs) que chegaram, nos últimos cinco dias, a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média, na área de referência para definição do evento, denominada região de Niño 3.4.

Esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano (figura 1). Ainda segundo o Inmet, antes disso, as TSMs já vinham em constante esfriamento no Pacífico Equatorial. Entre os meses de fevereiro e março de 2024, as temperaturas descaíram de 1,5ºC para 1,2ºC acima da média.

Atualmente, os modelos climáticos analisados pelo Instituto indicam que a condição de neutralidade deve seguir até meados de junho.

Fonte: Monitoramento do índice diário de El Niño/La Niña na região 3.4.

Transição para o La Niña

Simultaneamente ao que acontece com o fenômeno El Niño, em algumas áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, as temperaturas já se apresentam mais frias que o normal (tons em verde na figura 2).

A persistência e a expansão destas áreas mais frias em direção à parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano, conforme informado no boletim publicado pelo Inmet. Clique AQUI.

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Fonte: Mapa de anomalias de TSM no período de 1º a 15 de abril de 2024.

O La Niña consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Conforme análise do Inmet, a probabilidade é de que no trimestre junho, julho e agosto, ou seja, meados do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno.

Ainda não se pode afirmar a intensidade do La Niña, mas geralmente os impactos causados pelo fenômeno são: chuva acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Já na Região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, a chuva ocorre irregularmente e aumentam os riscos de seca ou estiagem, principalmente durante a primavera e o verão.

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