Os acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitaram em assembleia especial nesta terça-feira proposta do Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) para realizar nova avaliação das ações da companhia para fins de possível oferta pública de aquisição de ações (OPA), informou a Cielo em fato relevante.
A deliberação sobre um novo laudo de avaliação para oferta pública de aquisição de ações (OPA) estava prevista para 2 de abril, mas foi suspensa por 21 dias a pedido de um grupo de acionistas minoritários, após a companhia informar que seus controladores Banco do Brasil e Bradesco aceitaram elevar o preço da OPA a 5,60 reais desde que os minoritários votassem contra realização de novo laudo.
Um laudo anterior, produzido a pedido dos controladores pelo Bank of America, avaliava os papéis da companhia em 5,35 reais cada.
Os acionistas, detentores de mais de 10% do capital social da Cielo, afirmavam que o laudo trazia inconsistências de metodologia e que o preço da oferta deveria ser de 8,61 reais.
Nesta terça-feira, as ações ordinárias da Cielo encerraram o pregão em alta de 0,53%, cotadas a 5,59 reais cada.
“Dessa forma, resta verificada uma das condições suspensivas da obrigação assumida pelos ofertantes de elevar o preço da OPA caso ela venha a ser efetivamente lançada, tendo sido tal obrigação condicionada, ainda, a que sejam integralmente cumpridas as obrigações assumidas pelo grupo de acionistas minoritários que se comprometeu a apoiar a possível OPA”, disse a instituição de pagamentos no documento ao mercado.